domingo, 10 de dezembro de 2017

Feliz Natal a Todos!

Segundo Marcos

            O primeiro ato público que Jesus fez onde Marcos narra o primeiro milagre foi cura de um homem possuído por um “espírito maligno” na sinagoga de Cafarnaum.
            É uma cena descrita por muitos e entendida por poucos.
            É sábado e as pessoas estão reunidas na sinagoga, todos os escribas e homens ali falam de maneira conhecida e se põe como doutores da lei, mas Jesus é muito diferente. Ele fala com autoridade e não repete o que ouviu de outros. Anuncia com serenidade e sem medo de um Deus bom. De repente, um homem “começa a gritar”:
            -Você veio para nos destruir? Jesus continua a dizer e o homem então novamente indaga:

            - Que tens a ver conosco, Jesus de Nazaré?
            - Vieste para nos arruinar?

            As pessoas dizem que o homem está possuído por um "espírito maligno" hostil a Deus.  E o homem volta a dizer em tom de zombaria:

            - Sei quem Tu és: o Santo de Deus.

            Jesus não se calou desta vez. Foi até o homem e com tom de autoridade grita:

            - Silêncio! Calem-se e saiam deste homem!

            Então o homem como alguém que acaba de acordar e com um susto em um grito parece recobrar a razão.

            Ouvimos muitas vezes vozes do mal dentro de nós que nos imperam a agir com ímpeto e até mesmo desprezo, ódio, descrença, zombaria... Recuperar o silêncio é algo que tem o poder de curar o mais profundo dos ressentimentos dos seres humanos.

            O narrador descreve a cura de forma dramática.

            É preciso lembrar que a narrativa de Marcos ocorre entre os primeiros Romanos que estão sendo convertidos ao Cristianismo, contudo a narrativa pretende ganha-los usando os medos de suas crenças anteriores então descreve: “com um grito saiu." Assim Cristo liberta o homem que em meio à escuridão de sua própria mente deixa que as vozes que ele mesmo tanto cativa dentro de si o domine e o leve a agir com a perda da razão, mas assim, no silêncio ele aprende a ouvir a Boa Nova de Jesus.

            Muitas pessoas vivem dentro de falsas imagens de Deus que os fazem viver sem a dignidade e sem verdade, sentem a verdade não como uma presença amiga que o convida a viver com um amor vivo dentro de si, mas como uma sombra ameaçadora que irá controlar a sua existência. Jesus sempre começa a curar, libertando primeiramente as pessoas de um Deus opressor.
            Suas palavras despertam confiança e fazem os medos desaparecerem. Suas parábolas caminham para o amor Divino a um Deus vivo; humano, e não a um tirano que exige a submissão cega às suas leis. Nelas florescem a liberdade, não servidão; desperta o amor pela vida, não de ressentimento. Jesus cura porque ensina a viver só com bondade, perdão e amor que não exclui ninguém, convida o homem a uma vida Santa (Saudável), porque ele libera o ser humano de estar crente que possuído de coisas, auto-engano e egoísmo o homem está em si. Ensina que nós, acima de tudo precisamos amar a Deus como a Verdade que é e não com a verdade que queremos, assim vivenciamos a presença de Deus em nós e não precisamos pedir nada pra ele, pois a cada momento consagramos nossa existência a Deus e assim fazemos tudo o que é sagrado sem dar nossas vidas as vozes que só nos levam a agir como se Deus já não morasse dentro de nós.


Feliz Aniversário pra Jesus e que o melhor presente que podemos nos dar é deixar o Deus vivo morar dentro de nós. Que 2018 Seja um ano para mudarmos e vivermos como quem desperta no primeiro milagre que é deixar o Egoismo ficar no passado.
Felicidades a Todos nós!

domingo, 26 de novembro de 2017

Prazer Em Não Te Conhecer!


 
- Não julgueis afim de não serdes Julgados!

            Muitas pessoas repetem isso como um mantra: são formas repetidas de dizer as mesmas palavras para que esta mesma palavra conduza a mente. Até que... Bem, repare numa coisa interessante: afim de não serdes Julgados! Supondo que você seja uma pessoa justa, pois então, você tem certeza que não quer ser conhecido pelas pessoas como justo?
            Ou até mesmo se você for uma pessoa verdadeira, não quer que as pessoas conheçam as verdades que você porta?

            Olhe bem, assim como é natural das pernas servirem para gente andar, é natural da mente servir para “discernir” o que é certo e o que deve ser ou não feito e executado por você. Com certeza se você for justo vai saber discernir uma injustiça, ou se você conhecer uma verdade sobre um fato ocorrido vai saber quando o outro está mentindo sobre um mesmo fato. Portanto é de sua “natureza” estabelecer as coisas como são de fato já que você faz jus ao conhecimento das mesmas, sem a manifestação de tal potencial é como se este mesmo não existisse.

            Entenda que o convite para não julgar é ao mesmo tempo um convite para que não caia sobre si a possibilidade de um julgamento, e isso demonstra claramente a vontade de se acovardar e deixar, por exemplo, uma mentira passar por si sem que você mesmo faça a menor diferença em colocar no eixo àquilo que não está correto!

            Lembre-se que a palavra dita acima foi (supostamente) atribuída a Cristo, que a meu ver foi mudada, bom, isso porque tenho o conhecimento dos Apócrifos, mas sem maiores detalhes e tentando dar mesmo validade a esta frase ela não é um convite para não julgar, é uma demonstração clara de que se você julgar errado também estará em ti mesmo o erro!

            Vou dar dois exemplos bem enfáticos sobre o que quero dizer e logo estará claro que o nosso não julgar só piora a nossa própria capacidade e covardia perante aos erros, veja:

                                   Há, luta contra o racismo!
                                   Há, luta contra a “homofobia”!

            Se você ver um cachorro, e este cachorro for um Pinscher qual será a diferença em  trata-lo como ele é?
            Se ele for um Dog alemão e trata-lo como dog alemão, isso faz de você um distintor de raças e essa distinção faz de você um racista?

            Eu vejo que não, apenas você sabe que cada um o é, e sendo não há mal em distinguir, o que você não pode é desprezar que tanto um pequeno Pinscher como um gigante Dog alemão podem serem mansos ou muito bravos e não aceitem uma tentativa de carinho, por exemplo. Veja, se levarmos isso para humanidade, distinguir uma raça de outra não faz de você um anti raças, apenas reconhece que um é, e o outro também o é. Bem, parece até que estou regredindo ao racismo, mas preste bem atenção no que está acontecendo em nossa sociedade:
            Numa tentativa de acabar com as diferenças entre as várias raças estão buscando, pelas leis, uma distinção racista onde um grupo deve fornecer um tipo de gratificação pelo sofrimento passado de uma raça sobre outra!
            Entende que para não julgar, ou em outras palavras, para não termos uma distinção entre raças estabelecemos a proibição do reconhecimento próprio e impomos um critério quase que obrigatório e coletivo de uma generalidade de benefícios que devem serem cedidos para compensar uma diferença!
            E isso não é combater o tal racismo, é na verdade fornecer uma diferença, até mesmo criteriosa de que um é inferior, pois carece de benefícios, e o outro é superior, pois pode ceder em beneficiar!
            Desta forma um Rosado dizer que não é racista já faz dele um Dog Alemão que não bate em um Pinscher, e isso só se o pinscher não provoca-lo e for um bom cachorrinho.
            Sendo assim ao forçar o não julgar próprio colocamos o estado para fazer isso e pedimos a este para enaltecer a diferença de uma parte e por outro lado se busca lutar pelo silêncio forçado em prol de alguns benefícios maiores e acabam assim estabelecendo um tipo de poder no qual não se quer abrir mão e em ambos os casos, um ganha em se fazer superior o outro ganha em querer impor ao superior o reconhecimento de sua inferioridade e ainda exigindo compensações que só alguém em estado “superior” pode servir!
            É como quem dá uma gorjeta ao garçom por ter tido a sua superioridade bem servida pelo seu servil que por estar em inferioridade (econômica) fez por merecer.

            Pra ficar bem claro e mais evidente, o tal combate a “homo fobia” também estabelece isso, se um se distingui como sendo “homo” já o define e o coloca em um grupo de pessoas distintas tanto quanto que o outro buscar dizer ser “hétero” como distinção sobre outro já está se separando, e ainda se diz:

                                   - Não tenho nada contra!

            Sim, claro que não dá pra ter algo contra, afinal já se colocou o outro ser a parte de seu grupo, independente de ser X ou Y.

            Mais uma vez o não julgar faz com que as pessoas se separem e se coloquem cada vez mais a parte de estabelecer um verdadeiro RELACIONAMENTO entre as pessoas, acabamos assim com critérios próprios que só vão até onde o estado permite e assim não somos julgados enquanto não houver um embate!

            Esta forma de ser tem levado o relacionamento humano a ser algo tratado como uma Negociação Social onde o outro ser só se preza ao servir dentro dos termos, limitados por leis, no qual você também se encontra sobre os mesmos valores.
            Como se um Pinscher só pode ter um bom contato social com outros Pinschers e assim, (bem enfatizado por sinal) nos colocamos a parte de fazer parte da mesma RAÇA!

            Talvez essa divisão possa acarretar em uma diferenciação tão distinta que não é mais estabelecida por fronteiras ou diferenças lingüísticas, nos tornamos uma célula orgânica que precisa lutar por si própria, tendo contato com o resto do organismo somente na parte que lhe toca, aliás, na parte que não o toca em seu EGO.
            Nos relacionamos com o outro, até mesmo fisicamente, mas e tão somente para cumprir uma pulsão biológica que depois de cumprida até se esquece o nome da célula colaboradora!

            Por isso e por outras coisas, estamos cada vez mais torturando a capacidade de julgar só para não ter o EGO julgado pelos outros, num fingimento de uma falsa virtude de tolerância nos tornamos tão distintos que nos separamos em grupos de afinidades, que muitos são até questionáveis, mas cada um é cada um né?

            Eu me pergunto:

                        Que medo é esse tão aterrorizante de sermos capazes de julgar e através deste julgamento estabelecer um contato, não com este ou aquele que aprova esta ou aquela idéia, vontade ou até mesmo esta ou aquela diferença, sem dar a menor importância aos valores que possam existir nas distinções e sim sobre um contato fraterno.

            Vejo em vídeos animais de espécies diferentes, vivendo muito bem até, sem nenhuma distinção de superioridade, mas distinguir não é nenhum problema pra eles, o que importa é o quão realmente gentil um possa ser com o outro, um Dog alemão pode ser um ótimo amigo de um Pinscher, mesmo um sabendo do pequeno tamanho ou da grandeza do outro, isso não tem a menor relevância entre eles, pra eles embora sejam livres, trata-se tão somente do sentido fraternal, ou seja: aquilo que os torna como irmãos.

            Ser irmão é ter o mesmo pai e mãe, mas como a idéia que cada um possa pensar como bem entender e quiser, dentro dos limites das leis, a humanidade perdeu esse contato de irmandade e criou um estado-pai e uma igualdade-mãe que não estão mais casados!

            O não julgar tornou o ser sem poder algum a ter uma distinção própria de si mesmo e com isso a única manifestação própria e libertária (presumidamente) vem da criação do EGO, que é obrigado a permitir toda e qualquer incoerência, já que o julgar é separado do ser, só pra manifestar que também não quer ser julgado!

            Repare que isso vem trazendo a humanidade a uma constante aproximação de diversas incoerências que só é barrada por força de alguma lei.
            Há uns meses atrás caímos numa discussão sobre algumas pessoas terem se masturbado em transporte público... O que mais me chamou a atenção não foi nem o ato e muito menos as vítimas e sim um desespero das pessoas encontrarem de alguma forma uma lei já registrada que impedisse isso, como se o ipsis litteris (pelas mesmas letras) de tudo que acontece ou ainda vai acontecer com todos os seres humanos tivessem um registro e um estabelecimento que cada um deve cumprir somente por estar lá, escrito!

            Até parece que o ser humano perdeu a capacidade de ter pensamentos e julgamentos próprios!

            Estamos assim tendo cada vez mais o prazer em não conhecer ninguém, de não ter contato algum, de se relacionar somente por questões financeiras ou de uma necessidade superficial sem nenhum julgamento ou critério sobre quem é que lhe aperta sua mão!


            Talvez seja a hora de parar com essa insuportável mediocridade que tem nos levado a este estado de torpeza mental tão absurda que não conseguimos mais encontrar um verdadeiro pai que só pode ser verdadeiro se for algo Divino (eterno) e uma boa mãe que só pode ser nossa mãe, pois descendemos de seu ventre (ciência) para então encontrarmos novamente com o prazer em conhecer o outro por ver nele a mesma Fraternidade que precisamos ver como todos os seres neste mundo nos vêem sem nenhum ataque contra o que deveria ser a ordem natural de nossa mente que é julgar (conhecer) sem que seja somente pelas próprias causas.

domingo, 19 de novembro de 2017

A verdadeira história de Narciso

Narrada na primeira pessoa.

Hum! Vaidade!
Tanta gente dizendo que eu morri por “vaidade”
Ninguém sabe minha historia
Ninguém entende que sofri
Nem quando nasci se eu fui feliz

Eu era uma criança perfeita
Tão perfeita que minha propria mãe evitava olhar pra mim
Todos evitavam
Era só sair no sol que meu corpo brilhava
E todos assim quando me viam corriam
Evitavam me ver, me contemplar

Até quando comecei a falar
A minha voz era tão puro encanto
Que o mais simples pranto
Todos vinham como sede de deliciar

Eu fui crescendo e quanto mais crescia
Mais solidão vivia, ninguém ousava me tocar
Até minha mãe já não mais me olhava
O meu pai pra me salvar (dizia ele)
Mandou fazer um jardim
Murado alto com lago

E eu ficava ali sozinho
Eu e a lua a me olhar
O céu estrelas a contemplar
E lá

Certo dia fui ao meu jardim
E quando lá entrei
A porta fechou e nunca mais vi abrir
Havia uma roda e por ali servia
Roupa, comida todo dia

Então pensava por quê?
O que eu tinha de errado?
É tão assustador assim
Estar do meu lado!

É não, é! Não sei
Eu tenho que saber
Afinal sou eu
Eu sei reconhecer

Reconhecer sei
Ver! Ver!
Sei olhar vou ver
No lago então
Vou ver em mim
Sim sei vou ver e saber
Por que, por quê?

Meu rosto tão perfeito
Tão certo, simétrico
E como, por que dessa perfeição?
E o que é perfeito então?

Olhando e olhando
Assim vejo o céu
O jardim e tudo
E tudo é tão bom

Sim, é isso!
O bom, o certo, perfeito
E porque isto causa medo?
Medo, medo!


Bom, certo, perfeito
Comparar eu sei
Sei, as rosas, sim as rosas
Perfeitas lindas maravilhosas
Dá vontade de pegar, ter, possuir

Ai, humm espinho, hum por que tem espinho?
Sim a rosa tá ali linda é só pegar, mais se defende
Sim defende por quê?
Vamos ver!

Ahh sei se tirar ela morre! Há morte!
Ahh então é por isto que estou aqui
Meu pai só quer me defender
Como um espinho
A Proteger das forças, dos outros
Pra me defender

Defender! Defender do quê?
De mim! Da perfeição
Entendi então
Sou perfeito e por isto
Eles temem, não querem a perfeição

Mais não é de não querer
É de não entender
Agora entendo eu perfeito
Ninguém entende por que
Então temem ter, ver

Eu, a flor
A flor que arranquei morreu!
Isso! Eu também posso morrer
Eu vou morrer como tudo morre
Cai, como as folhas no outono
Não o outono, o outono
Vai matar meu jardim!
Vou morrer!
Ou vou viver!

Tudo morreu, não eu
Não agora, é inverno
E eu, aqui olhando contemplando
O Tudo
O Todo
A morte
Tudo parado congelado

E eu aqui no lago

Nada a fazer só olhar
Só ver, mais o que eu olhar?
Sim eu mesmo!
Eu me vi e descobri
Há morte um dia vai chegar

Ah sei vou me olhar, e ver
Quem sabe descubro mais
Só olhando pro meu ser
Perfeito eu, eu e tudo
Tudo! É isso! Tudo mesmo assim
Parado congelado
Volta a ser, viver

E eu morrer, voltar a ser
Viver, será!
Será isto que meus olhos dizem?
No fundo deste nada
Tem sempre um vir a ser

Sei eu! Perfeito e também o tudo
Tudo volta pra ti, sempre tudo
E eu vou pro tudo
Sim morrer é voltar a ser tudo

Eu vou para o tudo perfeito
Como a primavera que chega
E modifica multiplica
E eu como multiplico?

Multiplicar, sim a primavera
Tudo cresce volta, reaparece
E multiplica as flores muitas cores
Novamente o tudo, o não morrer

Sim é isto o morrer e não morrer
Tem duas formas de ser
O real de tudo e o de não ser
E multiplica tudo
Um de ser e de vir a ser

Assim pólen de uma flor
Para outra flor
De um ser e outro ser
Para o vir a ser

Sei, sou, sim amor
Isto é o amor
O querer amar

Amar tanto o que sou
Como o que não sou
O que serei o que posso ser
De poder vir a ser

Ser amor, o puro amor
O perfeito, a verdade, a vida
Sim, reconheci novamente
Sou o tudo que pode ser
O amor à verdade e a vida

Serei eu e de mim mesmo, um vir a ser
Tudo que é bom é temido
Assim como eu cercado protegido
Também tenho meus espinhos
O meu pai fez tudo isso pra me mostrar
Pro meu ver, sabia que no lago eu iria reconhecer

Mais como multiplicar isto de mim?
Outro ser preciso ter, como homem
O outro então, mulher como minha mãe
Mulher ser, vir a ter então novo ser de mim
Filho então serei de mim para o pai de tudo enfim

E onde está esta mulher para ter eu e ela novo ser?
Mulher entrega, ser perfeito então outro ser como eu, tem?
Aonde, quem? Como encontra-la?
No lago olhar e ver e mais uma vez reconhecer
Quem perfeito para eu ter? Quem é você? Quem?

Sozinho eu o lago
O tudo quem é ela?
Deve ser linda
Como a primavera que me cerca
Cerca com todo carinho e amor,

Amor!

Sim te achei e juro, juro sempre te amarei
Tão feliz que te achei e tão grande é meu amor por ti
Que ti amo sim, ti amo ohh tudo mais que tudo
E me perdoe tanta a ignorância você sempre esteve aqui
Sempre, sempre...

Ti amo, tú como a mim mesmo e tudo, tudo mais que tudo
Nossos filhos serão perfeitos todos eles serão eleitos
Para viver pra sempre eu como pai e você como mãe
Ohh Terra ohh lua ohh estrelas sei agora por que estou aqui
Foi meu amor por ti e o seu por mim minha grande amada
Tudo eternamente serás adorada

“És ti toda criação”
Minha eterna amada

O meu saber do próprio saber
Jamais deixarás tu morrer
E ser congelada,
Pois a chama do meu amor por ti
nunca serás apagada
Serei o seu mais forte muro protegendo-a do nada

És tú toda criação a minha grande amada
E vou até o infinito destruir o todo nada
Pra ti sempre ser a eterna iluminada
Luz do meu ser tanto me vez ver
Que sempre serei seu
Por fazer em mim morada.

Irei eu eterna amada
Me entregar ao fundo do lago
O fundo do nada
Tudo e todo meu ser
Que no fundo é só um nada

Me levo agora a ser o ser do vir a ser
Pra multiplicar eu de mim, filho de ti
Indo a ser pai de ti até o fim
Que enfim, sem muros sem espinhos
Diante deste nada me farei nada e serei tudo
Eterno limpo e puro como água
Então agora e mesmo sendo água
Parecerei contigo só agora sendo água
Jamais estarei sem toque
Pois serei contigo tudo e nada
Amor, verdade e vida
De um vir a ser, agora sou só eu e você
Ao encontro no nosso nada
Estou indo pra você mergulhando nesta água
Deixo ser para ser só seu
Oh doce e eterna amada.


Vida!

domingo, 12 de novembro de 2017

Sobre essa limitação!

Ela é real ou alguém te fez acreditar nela?


            Caro(a) leitor(a), você, por algum momento, já pensou na possibilidade de estar vivendo completamente desconectado(a) da sua essência?
            Calma, não desista de ler o texto por imaginar que eu esteja delirando.
            Vou te explicar direitinho.
            Confie em mim.

            Eu quero dizer o seguinte: - é possível que as limitações que você tenha, ou imagina que tenha, sejam oriundas das limitações de outras pessoas que, por alguma razão, transferiram isso a você!

            Sabe, existem pessoas que não se contentam em ter a percepção míope, elas fazem questão de embaçar a visão daqueles que cruzam o caminho delas também. Obviamente, refiro-me aqui às pessoas que são influenciadas negativamente por estarem num momento de vulnerabilidade. As crianças, os adolescentes, as pessoas adoecidas emocionalmente e aquelas que não possuem a devida imunidade que as capacitem de discernir o que deve ou não levar em consideração vindo de outras pessoas, e acredito que todos nós vivenciamos fases, ao longo da vida, em que ficamos totalmente desprovidos de “anticorpos” emocionais. São em momentos assim que nos tornamos presas fáceis para as mais variadas influências nocivas.

            Defendo que nem sempre as pessoas que cortaram as nossas asas o fizeram por maldade. Pode ser que algumas tenham feito isso acreditando estar nos protegendo. Sim, alguém que tem medo de sonhar jamais vai encorajar o outro a lutar por alguma coisa, e não significa que essa pessoa esteja agindo por mal. Entretanto, existem pessoas que puxam o freio de mão das outras por pura maldade mesmo. São pessoas perversas que têm consciência do poder de persuasão que elas possuem sobre alguém e aniquilam os sonhos dele e dos outros. São pessoas frustradas que sentem muito prazer em desanimar as outras, e sentem-se profundamente incomodadas ao perceberem alguém motivado com algo.

            Existem uma infinidade de pessoas que teriam tudo para se destacar em algo, no entanto, sentem-se acorrentadas por palavras de descréditos que ouviram lá na infância. São pessoas que tiveram a infelicidade de conviver, ou ter tido contato com alguma(s) pessoa(s) opressoras.

            Quantos já foram zombados ao expressarem seus sonhos?

            Você deve conhecer alguém, ou talvez você mesmo tenha sentido isso na pele. Aqueles que possuem imunidade suficiente para não se contaminar com a peçonha alheia, entretanto, nem todos possuem esse escudo psicológico e emocional.

            Acontece de assumirmos limitações que não são nossas, elas nos foram entregues por outras pessoas. De tanto ouvirem:



                                    “você não pode”,
                                    “isso não é para você”,
                                    “você não dá conta”,
                                    “você é burro”...





            Muitas pessoas desistem dos próprios sonhos, aptidões, habilidades e projetos.
       Elas acabam transformando todas essas “sentenças” que ouvem em crenças cristalizadas e acabam por se comportarem de modo a confirmar tudo aquilo que ouviu de negativo de outras pessoas.

            Certas palavras são muito poderosas, elas podem matar ou ressuscitar os sonhos de uma pessoa.
            E esse poder é potencializado quando são palavras proferidas por pessoas que são significativas para quem ouve. Um familiar próximo, um professor, uma autoridade, etc. Todos poderão representar um divisor de águas na vida de uma pessoa com suas palavras, tanto de forma boa quanto ruim.

            Conheço uma mulher que desistiu de tirar a habilitação porque o marido disse várias vezes para ela que ela não tem condições de conduzir um veículo. Ela simplesmente acatou a fala do marido como um diagnóstico incurável.
            Que pena!
            Sabe, nada é mais lindo do que os sonhos que nutrimos. Os sonhos são filhos que gestamos na alma e quando não damos luz a eles, é como abortá-los. A vida sem sonhos se torna sem graça, sem ritmo, sem esperanças.
            Te desafio a pensar agora sobre essas questões: pense bem sobre os seus sonhos sepultados.

            Que tal ressuscitá-los?

            Será que você deixou de fazer algo por ter dado razão à alguma pessoa que um dia te disse que você não era capaz?
            Que tal assumir as rédeas da sua vida agora?
           
            Para finalizar, trago uma boa notícia: é possível você se livrar dessas crenças castradoras, sabia?
           
            Faça psicoterapia, misture-se às pessoas que são criativas e do bem, leia a respeito de pessoas que superaram dificuldades, que voltaram a estudar... Existe uma infinidade de relatos que são motivadores.

            Quem disse que você não tem capacidade para fazer algo?

Lembre-se: quando alguém diz que você não é capaz de algo, essa pessoa está falando dela mesma e não de você. Então vá! Faça o que tu queres, pois em tudo está a sua própria lei, e viva!

domingo, 5 de novembro de 2017

Sentir e Pensar é só Começar!

Você sabe o que é sentir?

            Já fiz essa pergunta a diversas pessoas e até então não souberam me responder, aliás, nem entendem a pergunta e já vão logo lançando um monte de adjetivos, como:

                        - Ahh eu me sinto muito bem a vida é maravilhosa... Ou então:
                        - Eu sinto prazer em viver, em “curtir a vida”...
                        - pra mim o importante é se sentir feliz fazendo o que gosta...

            Ai eu volto a perguntar e digo:

                        - Não é isso que perguntei e sim se você sabe o que é?

            Ai que a coisa piora, pois a pessoa começa a dizer que eu sou uma pessoa fria, que não tenho sentimentos... Às vezes é até engraçado a reação! Parece que peguei uma criança no susto fazendo algum tipo de arte! Tipo: a pessoa não sabe, mas estava brincando de saber e ao ver que não tem resposta correm para um total desentendimento, tentando devolver a pergunta como se fosse uma afronta pessoal!
            Então desisti de fazer pesquisa de “opinião”, aliás, Sócrates era bom nisso e até gosto muito daquela frase:

                        - Só Sei que Nada Sei!

Que em latim era:

                        scio me nihil scire

            Que quer dizer: sei que nada sei! Existem várias versões de entendimento desta frase, mas a minha versão, que considero mais apropriada é algo assim:

                        Só vejo que nada vejo!

            E é claro que você sabendo que não sou cego deveria entender primeiramente que sou capaz de ver, mas assim como acontecia com Sócrates acontece comigo um fenômeno mais ou menos assim:
                        -Poxa Roberto, como você pode não ver, pois eu to vendo...
E na hora da pessoa descrever o que ela vê é como se não visse nada realmente!

Ta difícil de entender?

Vou explicar melhor:


Imagine eu e mais uma pessoa olhando para uma Ferrari Portofino ai a pessoa olha para o carro e diz pra eu olhar também, ai eu olho e digo:

            Só vejo e nada vejo!

Ai então a pessoa fica indignada, tentando explicar que aquilo é uma Ferrari e conta a história todinha da fabrica, o custo de uma Ferrari, como ela vai de 0 a 100 KM em poucos segundos e tudo mais... Só que no fundo e em meio a tudo, essa pessoa não disse NADA!
            Nada, pois é só mais um carro, e tudo que a pessoa disse não têm efeito nenhum, nem sobre ela mesma e nem sobre o que eu to vendo, afinal de contas que me serviria ter sentimentos por algo que não corresponde ao que sinto. Então era isso que Sócrates estava dizendo; que o saber que as pessoas têm é um saber vazio, recalcado de muito conhecimento das “coisas”, mas sem envolvimento profundo, sem um REAL sentir, tudo que ela tem não passa de ilusões dos sentidos e ainda por cima desprende uma força (ambição)  enorme para quem sabe um dia comprar a sua Ferrari!
            Por isso que saber o que é realmente sentir pode até assustar, ser algo um tanto misterioso...
           
            Em diversos dicionários você pode encontrar que sentir nada mais é que ter uma sensação, ou ter uma experiência sensorial, uma sensibilidade ou percepção através dos sentidos... Mais uma vez só estamos trocando um sinônimo por outro sem um real aprofundamento do que seja sentir!
            Agora que a coisa pega mesmo, e vou explicar de uma vez só:

Sentir, nada mais é do que MEDIR!
Isso mesmo: Medir!
Quando você sente frio ou calor você está medindo a sensação térmica.
Quando está com medo de altura está medindo a possibilidade de cair por desequilíbrio.
Quando você vai atravessar a rua você sente (mede) a distância (comprimento) que está da guia e a altura da mesma...

E quando sentimos Amor o que sentimos?

            Essa talvez seja a mais fácil de responder, porém vamos para uma outra medida que é a FOME!

            Em 1995 eu sofri um acidente de bicicleta, quebrei a clavícula e tive que passar por uma cirurgia pra colocar o ombro no lugar. Antes da operação me disseram que eu tinha que ir em jejum então como no dia anterior eu tava muito angustiado e estressado com a situação eu mau comi nesse dia, no dia da internação já estava com uma baita fome e pra piorar deixaram pra marcar a operação no outro dia ao meio dia!
            Tava doido pra comer!
            Já não bastava a situação de estresse ainda tinha a danada da fome que me fazia suar frio!
            Fui operado e então me deram soro, mas eu queria era comida!
            Acabei adormecendo durante o dia e quando acordei sentia que podia devorar um elefante e meio e ainda palitaria os dentes com o marfim de tanta fome, era umas 8 horas da noite e pra piorar já não tinha mais sono!
Bem, só fui comer no outro dia na hora do almoço, mas durante a noite sofri bastante; pacientes bêbados amarrados em suas camas gritando, falando palavrões, parecia mais um hospício que um hospital... Pra encurtar a história, busquei olhar pra mim mesmo, fiquei olhando minhas mãos e toquei em meu corpo, eu não estava mais magro, o soro estava me preservando, é incrível que ninguém te prepara pra uma situação tão horripilante como passar fome, sede, privação do sono, stress emocional, agressão física; afinal de contas meu corpo havia sido violado pra colocação de dois pinos... Bem, tudo isso passou, quase enlouqueci, mas passou!
            Aprendi muito nessa situação toda. Principalmente não deixar me iludir pelas sensações, algo que o Sidarta Gautama levou um tempo pra entender e se eu já tivesse o seu conhecimento não teria levado tanto tempo pra ver que a sensibilidade do que acontece comigo só está em mim e não adianta repassar para as outras pessoas. A gente começa a tagarelar, falar coisas e no fundo tudo que falamos é nada! O que fica é uma série de sensações sem que tomemos as devidas medidas para entendê-las; a fome, a sede são sensações que exigem uma resposta e por tentar dar as respostas é que muitos seres começam a devorar o outro para manter a sua sobrevivência. Como diz aquela famosa frase que faço questão de colocar um “É” nela:

A sobrevivência É do mais Apto!

            É preciso entender agora que não se trata de um processo chamado de seleção natural dos seres e sim uma seleção normativa do ser e não sei se existe alguma literatura sobre isso, o que vou falar aqui se trata de um conhecimento próprio e bem, mais bem resumido de uma ciência muito maior que isso, no qual pretendo um dia colocar em um livro, mas vou me ater ao conhecimento básico para que cada um possa se aprofundar a sua maneira.

Seleção Normativa do Ser.

            Assim como no exemplo da Ferrari, existe um tipo de normatização de nossas sensibilidades, e pra ser bem especifico e menos cientifico vamos a um exemplo prático:

            Vamos trocar a Ferrari por uma Fernanda (ou Fernando para as mulheres) no mesmo padrão de beleza da Ferrari e então um amigo diz:

                        - Olha só Roberto, a Fernanda é linda heim! Então respondo:
                        - Só vejo, e nada vejo!

            Ai meu amigo fica indignado e começa a falar que eu não gosto de mulher, fala do corpo escultural da Fernanda, como ela anda, da sensualidade dela, do modo que ela se arruma, que qualquer homem gostaria de ter a Fernanda pelo menos por uma noite... E mais uma vez tudo isso que ele disse são apenas os atributos físicos da Fernanda, que nada indica sobre a índole dela, sobre a pessoa humana que é a Fernanda, não diz se a Fernanda é uma mulher que queira ter um único homem ou queira ter todo e qualquer homem que possa seduzi-la... A Fernanda pode ser uma Ferrari, mas assim como o carro ela também pode ser “comprada”, e quem sabe até alugada por uma noite e o único problema é que este meu amigo não pode pagar o preço da Fernanda.
            Observe que dentro deste processo a Fernanda é apenas um “objeto” como uma Ferrari!
            Assim temos uma sociedade que valoriza a beleza física, no entanto nada diz sobre o tal do amor!
            Este quase padrão vira um tipo de Norma de Sobrevivência não amar a beleza!
            Estamos assim buscando ser aptos ao desamor e o mais estranho é ver o quanto às pessoas tentam destruir a própria beleza e a dos seus amigos induzindo o outro ao EGOISMO.
            Quer ser feliz?
            Apenas consuma (A exemplo: consumir a Fernanda), mas não ame!
            Essa é a norma de nossa Sociedade atual.

            Vemos mulheres lindas, rostos de anjos, delicadas e até homens também que acabam sendo apenas objetos dentro de um processo de seleção que impede as pessoas de descobrirem o que realmente SÃO!
            Esse é um processo de sobrevivência, observe bem a palavra sobre e vivência!
Vivenciamos de um modo que apenas realizamos os aspectos físicos da beleza, mas temos uma imensa covardia de assumir isso em nossa vivência, por isso nos colocamos acima (sobre) do próprio amor que a beleza nos causa...

            Bom, vamos agora falar do que é fácil de entender: O AMOR!

Nada mais é que uma medida de beleza e de valor que damos a algo que vemos em nossas vidas cuja apreciação nos faz querer que aquilo, seja o que for que exista para todo sempre, ou seja: para Eternidade!

            Eu disse que era fácil de entender, não que seja fácil de obter!

            Afinal de contas, por mais que eu possa amar a Fernanda, por mais que ela seja linda, sensual, que eu possa me sentir muito feliz vivendo belos momentos com ela o quanto ela está disposta a viver dentro da eternidade comigo?
            Será que uma mulher Ferrari é capaz de amar um homem Fusquinha?
Mesmo que este fusquinha seja um Herbie de 53 anos! (Não levem pelo lado pessoal, tenho 47).
            Acredito que por mais que nosso Herbie seja esforçado, valente, corajoso, fiel e honesto as pessoas de hoje em dia temem demais o viver e apenas lutam pra tolamente sobreviver a este mundo cheio de sensações e não absolvem a responsabilidade com o que é realmente essa experiência sensorial do viver, medir com a sensibilidade física e assumir os devidos valores que as coisas realmente têm.
             Em alguns casos um homem fusca ao ver que roubaram a sua Ferrari prefere até destruir a Ferrari só pra não deixar que outro dono a tenha, acho que está dando pra entender o trocadilho né?
            Veja! A maioria dos crimes não são cometidos por pobreza ou falta, na realidade a maioria são cometidos por assumirmos certos valores (medidas) e depois ao perdemos achamos que temos que reagir e fazer algo!
            Foi bem o que aconteceu comigo no Hospital, quase me enfureci, e era apenas fome!
            A fome é a falta, como se ao sentir frio faltasse agasalho, então reagimos como quem procura um culpado por não termos o que vestir; assim a maioria dos males que vivemos são causados por supervalorização de nossas sensações. O nosso sentir muitas vezes não pode ser respondido apenas por extrapolarmos a falta de agasalho ou pela falta do que comer. Assim como um homem ao ver a beleza e mesmo sem nunca ter tido uma Ferrari pode querer roubá-la e até destruir depois só pra provar a sensação de dirigi-la de uma forma desonesta, mas ainda assim uma conquista.
            Entenda então que de certa forma o que está faltando na Humanidade são os ingredientes que podem nos levar ao AMOR!

            O que pode durar pra sempre?

Tipo: você pode ter todas as Ferraris do mundo e destruí-las todas depois, só pra ninguém mais dirigir aquilo que uma vez você possuiu, mas nessa trapaça você também vai ficar sem Ferrari!
            Vejo que todo grande mal é na verdade o bem que egoicamente desejamos somente para nós mesmos assim como o bem seria dar a cada homem o direito a sua Ferrari!

Então o que vejo em uma Ferrari?

Na verdade só verei quando a tiver, só saberei quando souber como é estar dentro dela e ela em mim, saber guiá-la com toda dignidade, valorizando não só seu aspecto físico, mas também os atributos emocionais que ela me causa, ou seja: não posso expor ela demais em lugares inapropriados, em uma estrada de terra cheia de buracos... Enfim as emoções, sensações medidas e tudo mais que eu possa sentir foram dados a mim pela Ferrari então por que não dar o mesmo pra ela?

Bom, não sou um homem Herbie, mas posso ser um homem honesto, digno, verdadeiro, justo que honra e cumpre o que disse; mesmo sendo apenas palavras elas precisam ganhar vida através de minha própria existência, também posso não ter a grana pra trocar o óleo de uma Ferrari, mas posso ao lado da Fernanda continuar sendo Honesto, digno, verdadeiro, justo e por mais louco que possa parecer posso dar isso a todo e qualquer homem do mundo e todos os homens podem ter em si e dar ao outro; honestidade, dignidade, verdade, justiça e honra a sua Fernanda, Maria, Jussara, Lídia, Lúcia, Helenas e todas as mulheres e crianças, velhos e jovens...

Viu só que para termos um mundo melhor basta sermos melhores e ao olhar o outro encontremos os mesmos valores e ai veremos que tudo que temos que olhar é o quanto de você o outro também tem?

Acho que ficou bem explicado o que é sentir né mesmo?

Agora cabe a você começar a pensar!

Afinal de contas é só tirar as devidas medidas sejam elas do espaço e do tempo no qual você vive.

Ahh, mais uma coisa:

Se você não conhece nenhum homem vivo pra ser assim: honesto, digno, verdadeiro, justo e honrado, use Deus como referência, veja ele como sendo seu próprio pai e depois quem sabe você ache alguém que você queria pra estar contigo na eternidade e ai é só levar ao altar e pedir permissão a um de nossos representantes para estarem juntos com o pai de Todos nós.


domingo, 29 de outubro de 2017

O Mal de todas as Curas!

Já pensou na possibilidade de se descobrirem uma vacina; seja injetável ou até mesmo um comprimido que pudesse curar todas as doenças e ainda regenerar células, partes cortadas... Enfim, algo muito semelhante ao poder do Wolverine, e que tal poder tivesse efeito quase que imediato, em torno de uns 10 segundos e você estaria totalmente curado, e pra melhorar ainda mais o custo seria de apenas 1 real, só tem três detalhes importantes:

  1. Você sentiria as dores de qualquer doença, mal ou corte por 10 segundos.
  2. O efeito deste remédio duraria apenas 48 horas e depois deste período você voltaria a ser uma pessoa como agora! Não teria dores e nem a doença, mas perderia o efeito!
  3. Você ainda é a mesma pessoa, não existe uma super força, apenas se cura muito rápido!

Bem, você pode achar isso uma maravilha, algo sensacional e que daria a vida humana maior “liberdade” felicidade e tudo mais!

            Mas... Não!

Imagine que se uma pessoa pode levar um tiro, mas em 10 segundos ela levantaria e caminharia normalmente, sentiria dores, mas em 10 segundos isso passaria, o seu corpo se regeneraria e então! Imagine isso e... Você pode até assaltar um banco! Quem sabe até mesmo dar este remédio para um filho e ai lhe dar uma surra, mas em 10 segundos ta tudo numa boa mesmo! É só pra dar uma lição. Ou até mesmo um marido que queira bater na mulher e então a espancaria pra valer, até perder as forças que não teria problema algum, em 10 segundos ela estaria boa e por apenas 1 real o homem realiza seu desejo e a mulher não ficaria “fisicamente” marcada por isso, sentirias as dores, mas como tudo isso passa seria como se tivesse tido uma ilusão, poderia bater em uma pessoa que você considera mal, um mal amigo de serviço...

Pense!

Pense em quantas possibilidades de atitudes até impensadas no agora, no entanto, com este incrível, magnífico e até baratinho poder você pode quase tudo!

A humanidade estaria extinta em poucos dias!

Infelizmente essa é a verdade!

Bastaria uma simples partida de futebol e uma torcida partiria pra cima de outra...
Sabe o que é pior:

Como saber quem tomou o remédio?

E como saber se ainda está sob o efeito?

Imagine que você seja uma pessoa que não quer tomar, porém em um mundo onde as pessoas se agridem, onde tentam ferir o outro sem dar a menor importância às dores que o outro irá sentir você será OBRIGADO a tomar também tal remédio, aliás, todo mundo irá ter de tomar e então toda humanidade iniciará uma disputa enlouquecedora de agressão, as leis não significarão mais nada já que o intuito de causar dor não tem nenhum impacto na sua realidade física, aliás...

Guilherme de Ockham foi um frade franciscano, nascido em 1285 e morreu em 1347, era conhecido como “Doutor Invencível” seu modo de pensar influenciou todos os ramos da ciência com a lei da Parcimônia, também conhecida como a Navalha de Ockam, que diz: As entidades não devem ser multiplicadas além da necessidade, a natureza é por si econômica e não se multiplica em vão.

            Ockam também falava de liberdade e que todos os homens devem ser livres e com sua liberdade devem alcançar o saber e assim o conceito de ética, moral e dever devem ser atingidos dentro da experiência do ser e não pela intervenção do mundo exterior!

Ockam estava certo, porém faltou ater a um detalhe:

O ser humano é em suma um ser animal, quando se volta para dentro só encontra seus instintos e por essa natureza ainda fortemente vigente o animal procura por alguma primazia impor ao outro a sua “superioridade” e assim os seres se esquecem que a natureza humana está ligada ao próprio principio humano, ou seja: Aquilo que nos distingue de outros seres que só buscam agir por questões de sobrevivência.

            Ai que entra o nosso magnífico remédio para todas as curas!

Pois se assim fosse possível todos nós teríamos que nos tornar DEUSES e sendo assim como podemos lhe dar com as diferenças?

            Como que você aceitaria a existência de outras vidas tendo o poder de intervir na realidade e sujeitá-las a realizarem as suas vontades?

            É daí que vêm todos os males e sofrimentos que temos, pois se você pudesse dominar o outro a ser, fazer e realizar as coisas segundo a tua vontade como que você “Respeitaria” o Deus que está também no outro?

O mais interessante é que o próprio sofrimento virou essa arma tão poderosa de tentar dominar o Deus do outro, afinal de contas certas coisas somos proibidos de falar pra não gerar ao outro algum sofrimento. Daí as pessoas usam o seu próprio sofrer para tentar impor ao outro algum “respeito” que na realidade não passa de um tipo de “cala sua boca” para que a minha vontade (verdade) permaneça viva!

Agora pense mais uma vez!

Será que a “sua” verdade pode estar distorcida?

Se ela é apenas uma imposição egoica do seu ser, em suma é uma verdade que só existe em você e você quer impor ela a existência... É como ter um conjuntinho de células que você adora e você quer que este punhadinho de células ganhe vida! Ora! Se elas estiverem desorganizadas que vida ela irá gerar?

            Talvez apenas um Câncer e é ai que ta a eficiência de nosso incrível remédio perdida em 48 horas!

O que adianta você ser um ser perfeito, uma maquina precisa e correta, que funciona com toda eficácia sendo mal usado, sendo posto para prevalecer sobre o outro! É como se a sua existência dependesse de algo que é só próprio de si mesmo e então o restante de todo o Universo estará sujeito a promover a tua existência.
            Até que não tem nada de errado nisso, desde que a sua existência seja aceita por todos os seres, todas as criaturas e tudo que possa ainda vir a existir e estará sujeita a uma ordem natural existencial em um tipo de controle automático.
            Então nosso sofrimento, as dores e tudo mais são apenas aspectos redundantes dos erros que queremos impor ao outro, é claro que sendo consciente de si, a consciência não pode estar em todo o seu ser, pois dependeria de uma resposta consciente para cada ação, sendo assim nosso incrível e super remédio existe, porém age um pouco mais lento e um pouco menos eficaz, principalmente se você tenta impor a consciência (vontade) sem ter toda ciência de sua própria natureza. Assim sendo vivemos em um mundo obedecendo a ordens por medo de sofrer!
Sinceramente, vejo isso como algo ineficaz, da mesma forma que a cura exagerada também seria inútil se não mudarmos nosso comportamento diante do sofrimento.
            Um homem “não deveria” bater na mulher, e não é só por causa do físico e sim por saber o valor que o Deus que habita nela tem!
            Uma mãe “não deveria” bater em um filho por amar o pequeno filho de Deus que ela trouxe a esse mundo existencial e assim poderíamos realmente viver e termos a cura de todos os males quando reconhecermos que todos eles são causados por nós mesmos!

            E vou falar algo que sei que muita gente não vai gostar mais é a VERDADE:

            - Ainda bem que este mundo é assim!

Isso mesmo! Já pensou se pudéssemos ser tão cruéis a ponto de não se importar com a dor já que fisicamente não dá pra ver mal algum?


            Siddhartha Gautama, se propôs a erradicar o sofrimento de toda humanidade e acabou descobrindo que tudo é sofrimento e que é preciso para que a consciência identifique-se e não atue sobre o homem como um regente a ter uma reação sobre qualquer ação...
Não distante disso Guilherme de Ockan dizia que todo conhecimento do homem tem por base o conhecimento racional e lógico que é dado pelos sentidos, ou seja: 
- se não sentirmos como poderíamos entender?

Para Ockam somente o ser humano é quem tem a faculdade de observar a natureza pela arte e pela razão e através dela assumir valores próprios para com seu existir.

Em Suma:

            Precisamos ainda que seja algo muito ruim, do sofrimento para entendermos o valor de nossa própria existência e este valor não está ligado a algo próprio e sim ao valor que vemos na beleza que podemos produzir a partir de nossa própria existência, portanto quando existir a cura de todo mal é porque a gente descobriu que em nenhum mal reside nossa existência, nossos valores e sim no bem que proporcionamos através de nosso próprio existir, ou seja: só seremos bons por deixar morar em nós o próprio bem. E quando as pessoas desistirem do fervor do EU irão encontrar com a sua verdadeira essência que é de acordo com o Big Bang a mesma para todos nós, enfim somos nós o próprio Deus que nos ama quando nos livrarmos desta luta pelo Ego.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...