domingo, 21 de janeiro de 2018

Big Bantam Brazil!

Sabe o que não dá pra entender?

Hoje em dia todo mundo esta preocupado com a imagem, com um corpo sarado, cabelo penteado, malham todos os dias, ao mesmo tempo em que bebem, fumam, falam mal um do outro...
É a geração BBB que se relaciona fácil e não se tocam que
Tudo é imagem e tudo é poder!

Podem tudo fazer
E sem perceber esquece-se de ter
Uma mente sadia para governar o corpo
Um real sentimento para tocar o outro
E o respeito para com todos!

Que geração tão estranha é essa?
Tão cheia de tudo pode
E esquece-se de ter a calma
Abraçar o outro não pelo corpo
Mas sim pela alma

Que geração é essa?
Que só repetem conversa
Falam tudo com tanta pressa
Mais no fundo nada que dizem
Em nada se interessa

É uma geração criada no jardim do édem
Tudo é de-mais!
De mais músculos!
De mais Bustos!
De mais rostos!

E quando se olham no espelho
Procuram e tentam encontrar
No fundo de seus olhos
Só se vê um pequeno esboço
Do que um dia foi de amar

Alma ou carne
Eles não sabem onde ficar
E no meio do caminho
Passam a desejar
Amar, amar e amar

Como?

Se todo amor virou abismo
Esqueceram de parar
Pra pensar
Então voltam a malhar

É só corpo
Só visto
Só mais um BBB
Nada mais que isto!
Ps: Pra quem não sabe: Bantam é uma raça de galinhas!

domingo, 7 de janeiro de 2018

Amor de Lego!


            Quando sofremos uma decepção amorosa, ágüem que você desejou muito ter do seu lado te deixa, as pessoas logo dizem:

            – Não esquenta! Logo você “arruma” outra pessoa que combina melhor com você!
            – Ah não deu certo! Logo você “acha” a pessoa “certa” pra você!
            – Você ainda vai “achar” a pessoa “certa” pra você!
            – Deus vai “preparar” alguém com quem vai dar “certo”!

            Quando ouço isso eu fico pensando que a vida pra essas pessoas é um jogo de combinar peças, como se fossemos LEGOS vivos procurando se encaixar na existência.
            Até que seria válido, mas tem algo que não é só uma questão de encaixe, há também as mudanças e nem todos que se encaixam com você é obrigado a mudar só pra continuar no mesmo encaixe. Imagine que hoje você goste muito de macarrão ao molho e ai você encontra uma pessoa que também adora. Pronto! Nesta combinação vocês se juntam, afinal de contas ambos adoram macarrão. A questão é que se um dia seu grande amante das massas encontre outra comida (to falando de comida mesmo viu) e ai ele passe a gostar de yakissoba e você não! Então todo o tempo que vocês viveram juntos comendo macarronada vai deixar de existir só porque agora um macarrão é diferente do outro?

            É claro que estou simplificando demais uma situação muito mais complexa que é a relação humana, no entanto no campo da filosofia, que é o amor ao saber, portanto no campo da sabedoria podemos simplificar as coisas até o ponto de reduzi-la a uma visão absurda e dentro deste absurdo passamos entender se a lógica na qual víamos pensando possa ser aplicada e então temos uma luz sobre a dimensionalidade na qual víamos colocando nosso próprio existir. Vemos com isso que você não pode deixar de amar alguém só porque essa pessoa deixou de comer seu macarrão, isso é um absurdo da mesma forma é um absurdo completo amar alguém só porque essa pessoa come o seu macarrão!

            Entende que dentro deste processo, amar alguém só por questões de combinações que em nada vogam e não fazem diferença vai fazer um relacionamento dar “certo”?

            O Certo é que só podemos amar algo não somente pelo certo que combina, mas pelo certo que nos acrescenta; amar assim é como amar a evolução de nosso próprio existir. Assim como você amaria entrar na faculdade, no entanto você não pretende viver toda sua vida fazendo o mesmo curso, você está ali para evoluir se tornar um ser humano melhor, ter uma profissão (que a meu ver é apenas uma necessidade para com a vida social, mas não que isso seja o seu próprio ser...Assunto para outro artigo), no entanto o que você quer mesmo é o conhecimento e através deste investir este conhecimento na forma de apresentar seu ser... Se você estuda para ser médico: Sua apresentação se faz atuante diante de uma doença, por exemplo; pra ser advogado, atua diante da luta por justiça... Bem, você é grato pelos seus professores e pelo conhecimento que adquiriu e isso que você ama. Da mesma forma, amar alguém não é só pelo carinho que essa pessoa lhe proporciona, é também pelo crescimento que essa pessoa lhe trás, como ter juntos o mesmo lar, os mesmos filhos... Enfim é algo muito mais que só o “dar certo” é um processo de desenvolver a capacidade de entender o outro, não importa o macarrão que ele come.

            Podemos dizer que Amar é um processo de aceitar o crescimento, assim como seus pais te amaram quando era um bebê que nem falava e nem andava, no entanto depois de crescer seus pais lhe perguntam algo e querem que você fale, ou podem te pedir algo e querem que você ande até lá, veja que durante nossa vida mudamos constantemente, e são mudanças para o nosso melhor desenvolvimento, para nos tornar cada vez melhores e capazes e por que não investir isso num relacionamento a dois?

            Não precisamos amar as pessoas só por “combinarem” como se a vida fosse uma brincadeira de encaixe, como diria Renato Russo:
– Somos muito mais que isso!
            Assim como queremos o melhor para nós precisamos aceitar que quem nos ama quer também o melhor de nós e essa mesma pessoa pode não saber que para o outro talvez seja melhor yakissoba que uma massa italiana, mas ambos podem se alimentar do bem que o outro possa fazer ao ter que pelo menos uma vez por semana compartilhar da mesma macarronada e isso sim é possível combinar sem ter de impor o CERTO de cada um.



quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Se o Mundo estiver certo!

                        O ano mal começou e...

Já fazia meses que nem ligava a TV, mas com a presença de minha mãe e filha, elas estavam assistindo o noticiário. Tudo que vi foi noticias de tragédias, guerras, mortes, balas perdidas encontrando inocentes, inocentes deixando a inocência de lado para se agregar a movimentos de ódios...

            Eu, não sou nenhum bobo da corte e sei bem os efeitos que podem causar nas pessoas os meus artigos. Sou tão humano quanto você, sei o que causo com que escrevo reconheço o peso dos meus pesares... Enfim, sou ciente do quanto ciente estou (veja o artigo: https://designiosiguais.blogspot.com.br/2017/09/bem-vindo-ao-ser-ciente.html) e sei que o que escrevo não é nada tão agradável para alguém neste Mundo.

Mas ai é que está o problema!

            Se o modo de pensar, agir, se as coisas que são ditas, faladas em programas de TV, se a forma com que a humanidade vem pensando e falando de si mesma, se tudo isso estivesse CERTO, se realmente funcionasse, tudo que falo e penso, meus artigos e meu trabalho seria um lixo total, palavras inúteis sendo ditas por alguém só pra ganhar atenção, um completo idiota querendo chamar atenção pra si mesmo!

            Ai você pode estar se perguntando:

                        - Pó Cara! Se você sabe disso, então por que escreve essas porcarias?

Sabe!

            Gostaria mesmo de poder pensar como todos pensam, de ser como todo mundo é, de falar coisas que todos falam, de ver que basta uma boa campanha publicitária e... Mas olhem para o mundo!

            O que vejo é um total estado de miséria, não falo de miséria física — veja o artigo: (https://designiosiguais.blogspot.com.br/2017/09/a-riqueza-dos-miseraveis.html) falo da miséria de falta mesmo: de bondade, de verdade, de amor, de valores e até mesmo dessa miséria “egoica”; deste mundo que só pensa em ser o mesmo mundo o tempo todo e se acha bom, melhor, certo... Olhe bem para o mundo, para as coisas ruins que acontecem, elas não são manifestações de poderes alienígenas, nem de forças do mal operando sobre nós; trata-se tão somente do mesmo homem que se “acha” humano e, no entanto, seus pedidos de paz, suas orações para o bem, seus desejos de felicidades, de bondades e de paz e bem querer também não virão de manifestações de poderes de seres Extra-humanos, nem de campanhas e muito menos de “forças do bem” que passam a operar sobre o mundo e basta uma mudança de calendário e voilà: Temos então um mundo certinho, bom, com passarinhos pipiuando em nossas janelas confraternizando com a bondade do homem... Opa! Parai!

            Se o homem (falo homem quanto nossa espécie, apesar de que infelizmente as manifestações de todas as maldades deste mundo é em suma e grandemente parte mesmo do sexo masculino) fosse tão bonzinho, tão tudo de bom, certinho seria muito fácil pra eu ser e fazer parte desta bondade era só pegar o mesmo bonde de pensamentos populares e seguir no mesmo trilho que segue toda nossa humanidade.

Infelizmente não posso fazer isso!

            Pois se assim o fizesse eu seria mesmo um completo “idiota”, um “imbecil” qualquer que segue mundo como está e ficaria esperando ver as tais “forças” do bem trabalhem por mim e por todos e em um belo amanhecer eu teria este mundo tão sonhado de paz e harmonia que todos tanto desejam.

            Sou um ser “ciente” e sendo ciente é por esta ciência que voz escrevo, não é pra te ganhar por atenção, não é pra ter “valor” maior que qualquer outro ser neste mundo e sim pra ter um mundo onde o valor de um homem possa ser encontrado dentro do próprio homem, sem que se opere nenhuma “super-força” sobre o mesmo homem.

            Somos livres, tão livres neste mundo tão lindo, porém somos nós mesmos os mal feitores que destroem a beleza de um novo amanhã, somos nós que operamos e fazemos absurdos incoerentes e inconsequentes só pra realizar nossas próprias vontades, — como deixar ser dominado pela vontade de usar sua arma para dar um tiro pro alto e sem apego nenhum, tanto ao bem quanto ao mal causar uma tragédia por ser inconsequente e incoerente neste mundo — é só por isso que escrevo e coloco tantos puxões de orelhas nesta humanidade na qual vivo, gostaria mesmo de ser o único idiota na face da Terra, pois este idiota que sou está no meu domínio e no meu controle, portanto poderia deixar de ser idiota a qualquer momento assim como seria fácil pra qualquer outro dos mais de 7 bilhões de seres humanos deixarem de serem idiotas ao ver que está em seu próprio poder tanto o domínio do bem como o próprio mal que cada um infelizmente causa ao próprio mundo que a cada ano lhe mostra a possibilidade do bem que todos nós podemos ter. Sigo ainda com a vontade de ter não somente a tua atenção, mas ter um pouco do que escrevo em teu coração, já seria um ótimo pagamento por este trabalho de escrever tantas coisas chatas, mas muito necessárias a este mundo que parece se esquecer que lutar pelo bem não começa em uma bandeira e sim termina em uma bandeira sem nada escrito, sem desenho nenhum, porém em branco está e deveria ficar se você não quiser desenhar sua vontade nela, apenas amar ver ela assim e assim tremulará ao vento; a paz que todos nós desejamos sem que ninguém saia vitorioso ou derrotado, apenas todos com um pouquinho do bem façamos o bem sem nada cobrar por isso.


            É por isso que escrevo!
            Não está nenhum pouco certo o homem ser capaz de fazer tantas e tantas “coisas” com tamanha perfeição e não buscar por um pouco dessa perfeição dentro de si.
            Não está certo só ter noticias de tragédias, de mortes e mais mortes, em nenhuma morte está o fim da maldade!
            Não está certo este mundo que se acha tão esperto abandonar a bondade sozinha para que ela faça o bem por nós!
            O bem não virá com a aquisição de algum produto, temos que mudar o mundo dentro de nós, dentro de onde você tem domínio e só daí deste centro de si que o mundo irá mudar.
            É preciso saber sacrificar o ódio, o mal que está em cada um de nós para que o bem viva no mesmo homem que vive e assim teremos e podemos sim ter um novo amanhecer quando o homem aceitar ser ele mesmo o homem bom que ele pode ser. Mesmo que você pareça ser idiota aos outros, pra mim você será mais um como eu, idiota também, mas o quão bom é ficarmos com cara de bobo quando realmente amamos o amor com a beleza que só o verdadeiro amor pode amar!

            Vamos ser mais bobos e menos presunçosos?­

domingo, 10 de dezembro de 2017

Feliz Natal a Todos!

Segundo Marcos

            O primeiro ato público que Jesus fez onde Marcos narra o primeiro milagre foi cura de um homem possuído por um “espírito maligno” na sinagoga de Cafarnaum.
            É uma cena descrita por muitos e entendida por poucos.
            É sábado e as pessoas estão reunidas na sinagoga, todos os escribas e homens ali falam de maneira conhecida e se põe como doutores da lei, mas Jesus é muito diferente. Ele fala com autoridade e não repete o que ouviu de outros. Anuncia com serenidade e sem medo de um Deus bom. De repente, um homem “começa a gritar”:
            -Você veio para nos destruir? Jesus continua a dizer e o homem então novamente indaga:

            - Que tens a ver conosco, Jesus de Nazaré?
            - Vieste para nos arruinar?

            As pessoas dizem que o homem está possuído por um "espírito maligno" hostil a Deus.  E o homem volta a dizer em tom de zombaria:

            - Sei quem Tu és: o Santo de Deus.

            Jesus não se calou desta vez. Foi até o homem e com tom de autoridade grita:

            - Silêncio! Calem-se e saiam deste homem!

            Então o homem como alguém que acaba de acordar e com um susto em um grito parece recobrar a razão.

            Ouvimos muitas vezes vozes do mal dentro de nós que nos imperam a agir com ímpeto e até mesmo desprezo, ódio, descrença, zombaria... Recuperar o silêncio é algo que tem o poder de curar o mais profundo dos ressentimentos dos seres humanos.

            O narrador descreve a cura de forma dramática.

            É preciso lembrar que a narrativa de Marcos ocorre entre os primeiros Romanos que estão sendo convertidos ao Cristianismo, contudo a narrativa pretende ganha-los usando os medos de suas crenças anteriores então descreve: “com um grito saiu." Assim Cristo liberta o homem que em meio à escuridão de sua própria mente deixa que as vozes que ele mesmo tanto cativa dentro de si o domine e o leve a agir com a perda da razão, mas assim, no silêncio ele aprende a ouvir a Boa Nova de Jesus.

            Muitas pessoas vivem dentro de falsas imagens de Deus que os fazem viver sem a dignidade e sem verdade, sentem a verdade não como uma presença amiga que o convida a viver com um amor vivo dentro de si, mas como uma sombra ameaçadora que irá controlar a sua existência. Jesus sempre começa a curar, libertando primeiramente as pessoas de um Deus opressor.
            Suas palavras despertam confiança e fazem os medos desaparecerem. Suas parábolas caminham para o amor Divino a um Deus vivo; humano, e não a um tirano que exige a submissão cega às suas leis. Nelas florescem a liberdade, não servidão; desperta o amor pela vida, não de ressentimento. Jesus cura porque ensina a viver só com bondade, perdão e amor que não exclui ninguém, convida o homem a uma vida Santa (Saudável), porque ele libera o ser humano de estar crente que possuído de coisas, auto-engano e egoísmo o homem está em si. Ensina que nós, acima de tudo precisamos amar a Deus como a Verdade que é e não com a verdade que queremos, assim vivenciamos a presença de Deus em nós e não precisamos pedir nada pra ele, pois a cada momento consagramos nossa existência a Deus e assim fazemos tudo o que é sagrado sem dar nossas vidas as vozes que só nos levam a agir como se Deus já não morasse dentro de nós.


Feliz Aniversário pra Jesus e que o melhor presente que podemos nos dar é deixar o Deus vivo morar dentro de nós. Que 2018 Seja um ano para mudarmos e vivermos como quem desperta no primeiro milagre que é deixar o Egoismo ficar no passado.
Felicidades a Todos nós!

domingo, 26 de novembro de 2017

Prazer Em Não Te Conhecer!


 
- Não julgueis afim de não serdes Julgados!

            Muitas pessoas repetem isso como um mantra: são formas repetidas de dizer as mesmas palavras para que esta mesma palavra conduza a mente. Até que... Bem, repare numa coisa interessante: afim de não serdes Julgados! Supondo que você seja uma pessoa justa, pois então, você tem certeza que não quer ser conhecido pelas pessoas como justo?
            Ou até mesmo se você for uma pessoa verdadeira, não quer que as pessoas conheçam as verdades que você porta?

            Olhe bem, assim como é natural das pernas servirem para gente andar, é natural da mente servir para “discernir” o que é certo e o que deve ser ou não feito e executado por você. Com certeza se você for justo vai saber discernir uma injustiça, ou se você conhecer uma verdade sobre um fato ocorrido vai saber quando o outro está mentindo sobre um mesmo fato. Portanto é de sua “natureza” estabelecer as coisas como são de fato já que você faz jus ao conhecimento das mesmas, sem a manifestação de tal potencial é como se este mesmo não existisse.

            Entenda que o convite para não julgar é ao mesmo tempo um convite para que não caia sobre si a possibilidade de um julgamento, e isso demonstra claramente a vontade de se acovardar e deixar, por exemplo, uma mentira passar por si sem que você mesmo faça a menor diferença em colocar no eixo àquilo que não está correto!

            Lembre-se que a palavra dita acima foi (supostamente) atribuída a Cristo, que a meu ver foi mudada, bom, isso porque tenho o conhecimento dos Apócrifos, mas sem maiores detalhes e tentando dar mesmo validade a esta frase ela não é um convite para não julgar, é uma demonstração clara de que se você julgar errado também estará em ti mesmo o erro!

            Vou dar dois exemplos bem enfáticos sobre o que quero dizer e logo estará claro que o nosso não julgar só piora a nossa própria capacidade e covardia perante aos erros, veja:

                                   Há, luta contra o racismo!
                                   Há, luta contra a “homofobia”!

            Se você ver um cachorro, e este cachorro for um Pinscher qual será a diferença em  trata-lo como ele é?
            Se ele for um Dog alemão e trata-lo como dog alemão, isso faz de você um distintor de raças e essa distinção faz de você um racista?

            Eu vejo que não, apenas você sabe que cada um o é, e sendo não há mal em distinguir, o que você não pode é desprezar que tanto um pequeno Pinscher como um gigante Dog alemão podem serem mansos ou muito bravos e não aceitem uma tentativa de carinho, por exemplo. Veja, se levarmos isso para humanidade, distinguir uma raça de outra não faz de você um anti raças, apenas reconhece que um é, e o outro também o é. Bem, parece até que estou regredindo ao racismo, mas preste bem atenção no que está acontecendo em nossa sociedade:
            Numa tentativa de acabar com as diferenças entre as várias raças estão buscando, pelas leis, uma distinção racista onde um grupo deve fornecer um tipo de gratificação pelo sofrimento passado de uma raça sobre outra!
            Entende que para não julgar, ou em outras palavras, para não termos uma distinção entre raças estabelecemos a proibição do reconhecimento próprio e impomos um critério quase que obrigatório e coletivo de uma generalidade de benefícios que devem serem cedidos para compensar uma diferença!
            E isso não é combater o tal racismo, é na verdade fornecer uma diferença, até mesmo criteriosa de que um é inferior, pois carece de benefícios, e o outro é superior, pois pode ceder em beneficiar!
            Desta forma um Rosado dizer que não é racista já faz dele um Dog Alemão que não bate em um Pinscher, e isso só se o pinscher não provoca-lo e for um bom cachorrinho.
            Sendo assim ao forçar o não julgar próprio colocamos o estado para fazer isso e pedimos a este para enaltecer a diferença de uma parte e por outro lado se busca lutar pelo silêncio forçado em prol de alguns benefícios maiores e acabam assim estabelecendo um tipo de poder no qual não se quer abrir mão e em ambos os casos, um ganha em se fazer superior o outro ganha em querer impor ao superior o reconhecimento de sua inferioridade e ainda exigindo compensações que só alguém em estado “superior” pode servir!
            É como quem dá uma gorjeta ao garçom por ter tido a sua superioridade bem servida pelo seu servil que por estar em inferioridade (econômica) fez por merecer.

            Pra ficar bem claro e mais evidente, o tal combate a “homo fobia” também estabelece isso, se um se distingui como sendo “homo” já o define e o coloca em um grupo de pessoas distintas tanto quanto que o outro buscar dizer ser “hétero” como distinção sobre outro já está se separando, e ainda se diz:

                                   - Não tenho nada contra!

            Sim, claro que não dá pra ter algo contra, afinal já se colocou o outro ser a parte de seu grupo, independente de ser X ou Y.

            Mais uma vez o não julgar faz com que as pessoas se separem e se coloquem cada vez mais a parte de estabelecer um verdadeiro RELACIONAMENTO entre as pessoas, acabamos assim com critérios próprios que só vão até onde o estado permite e assim não somos julgados enquanto não houver um embate!

            Esta forma de ser tem levado o relacionamento humano a ser algo tratado como uma Negociação Social onde o outro ser só se preza ao servir dentro dos termos, limitados por leis, no qual você também se encontra sobre os mesmos valores.
            Como se um Pinscher só pode ter um bom contato social com outros Pinschers e assim, (bem enfatizado por sinal) nos colocamos a parte de fazer parte da mesma RAÇA!

            Talvez essa divisão possa acarretar em uma diferenciação tão distinta que não é mais estabelecida por fronteiras ou diferenças lingüísticas, nos tornamos uma célula orgânica que precisa lutar por si própria, tendo contato com o resto do organismo somente na parte que lhe toca, aliás, na parte que não o toca em seu EGO.
            Nos relacionamos com o outro, até mesmo fisicamente, mas e tão somente para cumprir uma pulsão biológica que depois de cumprida até se esquece o nome da célula colaboradora!

            Por isso e por outras coisas, estamos cada vez mais torturando a capacidade de julgar só para não ter o EGO julgado pelos outros, num fingimento de uma falsa virtude de tolerância nos tornamos tão distintos que nos separamos em grupos de afinidades, que muitos são até questionáveis, mas cada um é cada um né?

            Eu me pergunto:

                        Que medo é esse tão aterrorizante de sermos capazes de julgar e através deste julgamento estabelecer um contato, não com este ou aquele que aprova esta ou aquela idéia, vontade ou até mesmo esta ou aquela diferença, sem dar a menor importância aos valores que possam existir nas distinções e sim sobre um contato fraterno.

            Vejo em vídeos animais de espécies diferentes, vivendo muito bem até, sem nenhuma distinção de superioridade, mas distinguir não é nenhum problema pra eles, o que importa é o quão realmente gentil um possa ser com o outro, um Dog alemão pode ser um ótimo amigo de um Pinscher, mesmo um sabendo do pequeno tamanho ou da grandeza do outro, isso não tem a menor relevância entre eles, pra eles embora sejam livres, trata-se tão somente do sentido fraternal, ou seja: aquilo que os torna como irmãos.

            Ser irmão é ter o mesmo pai e mãe, mas como a idéia que cada um possa pensar como bem entender e quiser, dentro dos limites das leis, a humanidade perdeu esse contato de irmandade e criou um estado-pai e uma igualdade-mãe que não estão mais casados!

            O não julgar tornou o ser sem poder algum a ter uma distinção própria de si mesmo e com isso a única manifestação própria e libertária (presumidamente) vem da criação do EGO, que é obrigado a permitir toda e qualquer incoerência, já que o julgar é separado do ser, só pra manifestar que também não quer ser julgado!

            Repare que isso vem trazendo a humanidade a uma constante aproximação de diversas incoerências que só é barrada por força de alguma lei.
            Há uns meses atrás caímos numa discussão sobre algumas pessoas terem se masturbado em transporte público... O que mais me chamou a atenção não foi nem o ato e muito menos as vítimas e sim um desespero das pessoas encontrarem de alguma forma uma lei já registrada que impedisse isso, como se o ipsis litteris (pelas mesmas letras) de tudo que acontece ou ainda vai acontecer com todos os seres humanos tivessem um registro e um estabelecimento que cada um deve cumprir somente por estar lá, escrito!

            Até parece que o ser humano perdeu a capacidade de ter pensamentos e julgamentos próprios!

            Estamos assim tendo cada vez mais o prazer em não conhecer ninguém, de não ter contato algum, de se relacionar somente por questões financeiras ou de uma necessidade superficial sem nenhum julgamento ou critério sobre quem é que lhe aperta sua mão!


            Talvez seja a hora de parar com essa insuportável mediocridade que tem nos levado a este estado de torpeza mental tão absurda que não conseguimos mais encontrar um verdadeiro pai que só pode ser verdadeiro se for algo Divino (eterno) e uma boa mãe que só pode ser nossa mãe, pois descendemos de seu ventre (ciência) para então encontrarmos novamente com o prazer em conhecer o outro por ver nele a mesma Fraternidade que precisamos ver como todos os seres neste mundo nos vêem sem nenhum ataque contra o que deveria ser a ordem natural de nossa mente que é julgar (conhecer) sem que seja somente pelas próprias causas.

domingo, 19 de novembro de 2017

A verdadeira história de Narciso

Narrada na primeira pessoa.

Hum! Vaidade!
Tanta gente dizendo que eu morri por “vaidade”
Ninguém sabe minha historia
Ninguém entende que sofri
Nem quando nasci se eu fui feliz

Eu era uma criança perfeita
Tão perfeita que minha propria mãe evitava olhar pra mim
Todos evitavam
Era só sair no sol que meu corpo brilhava
E todos assim quando me viam corriam
Evitavam me ver, me contemplar

Até quando comecei a falar
A minha voz era tão puro encanto
Que o mais simples pranto
Todos vinham como sede de deliciar

Eu fui crescendo e quanto mais crescia
Mais solidão vivia, ninguém ousava me tocar
Até minha mãe já não mais me olhava
O meu pai pra me salvar (dizia ele)
Mandou fazer um jardim
Murado alto com lago

E eu ficava ali sozinho
Eu e a lua a me olhar
O céu estrelas a contemplar
E lá

Certo dia fui ao meu jardim
E quando lá entrei
A porta fechou e nunca mais vi abrir
Havia uma roda e por ali servia
Roupa, comida todo dia

Então pensava por quê?
O que eu tinha de errado?
É tão assustador assim
Estar do meu lado!

É não, é! Não sei
Eu tenho que saber
Afinal sou eu
Eu sei reconhecer

Reconhecer sei
Ver! Ver!
Sei olhar vou ver
No lago então
Vou ver em mim
Sim sei vou ver e saber
Por que, por quê?

Meu rosto tão perfeito
Tão certo, simétrico
E como, por que dessa perfeição?
E o que é perfeito então?

Olhando e olhando
Assim vejo o céu
O jardim e tudo
E tudo é tão bom

Sim, é isso!
O bom, o certo, perfeito
E porque isto causa medo?
Medo, medo!


Bom, certo, perfeito
Comparar eu sei
Sei, as rosas, sim as rosas
Perfeitas lindas maravilhosas
Dá vontade de pegar, ter, possuir

Ai, humm espinho, hum por que tem espinho?
Sim a rosa tá ali linda é só pegar, mais se defende
Sim defende por quê?
Vamos ver!

Ahh sei se tirar ela morre! Há morte!
Ahh então é por isto que estou aqui
Meu pai só quer me defender
Como um espinho
A Proteger das forças, dos outros
Pra me defender

Defender! Defender do quê?
De mim! Da perfeição
Entendi então
Sou perfeito e por isto
Eles temem, não querem a perfeição

Mais não é de não querer
É de não entender
Agora entendo eu perfeito
Ninguém entende por que
Então temem ter, ver

Eu, a flor
A flor que arranquei morreu!
Isso! Eu também posso morrer
Eu vou morrer como tudo morre
Cai, como as folhas no outono
Não o outono, o outono
Vai matar meu jardim!
Vou morrer!
Ou vou viver!

Tudo morreu, não eu
Não agora, é inverno
E eu, aqui olhando contemplando
O Tudo
O Todo
A morte
Tudo parado congelado

E eu aqui no lago

Nada a fazer só olhar
Só ver, mais o que eu olhar?
Sim eu mesmo!
Eu me vi e descobri
Há morte um dia vai chegar

Ah sei vou me olhar, e ver
Quem sabe descubro mais
Só olhando pro meu ser
Perfeito eu, eu e tudo
Tudo! É isso! Tudo mesmo assim
Parado congelado
Volta a ser, viver

E eu morrer, voltar a ser
Viver, será!
Será isto que meus olhos dizem?
No fundo deste nada
Tem sempre um vir a ser

Sei eu! Perfeito e também o tudo
Tudo volta pra ti, sempre tudo
E eu vou pro tudo
Sim morrer é voltar a ser tudo

Eu vou para o tudo perfeito
Como a primavera que chega
E modifica multiplica
E eu como multiplico?

Multiplicar, sim a primavera
Tudo cresce volta, reaparece
E multiplica as flores muitas cores
Novamente o tudo, o não morrer

Sim é isto o morrer e não morrer
Tem duas formas de ser
O real de tudo e o de não ser
E multiplica tudo
Um de ser e de vir a ser

Assim pólen de uma flor
Para outra flor
De um ser e outro ser
Para o vir a ser

Sei, sou, sim amor
Isto é o amor
O querer amar

Amar tanto o que sou
Como o que não sou
O que serei o que posso ser
De poder vir a ser

Ser amor, o puro amor
O perfeito, a verdade, a vida
Sim, reconheci novamente
Sou o tudo que pode ser
O amor à verdade e a vida

Serei eu e de mim mesmo, um vir a ser
Tudo que é bom é temido
Assim como eu cercado protegido
Também tenho meus espinhos
O meu pai fez tudo isso pra me mostrar
Pro meu ver, sabia que no lago eu iria reconhecer

Mais como multiplicar isto de mim?
Outro ser preciso ter, como homem
O outro então, mulher como minha mãe
Mulher ser, vir a ter então novo ser de mim
Filho então serei de mim para o pai de tudo enfim

E onde está esta mulher para ter eu e ela novo ser?
Mulher entrega, ser perfeito então outro ser como eu, tem?
Aonde, quem? Como encontra-la?
No lago olhar e ver e mais uma vez reconhecer
Quem perfeito para eu ter? Quem é você? Quem?

Sozinho eu o lago
O tudo quem é ela?
Deve ser linda
Como a primavera que me cerca
Cerca com todo carinho e amor,

Amor!

Sim te achei e juro, juro sempre te amarei
Tão feliz que te achei e tão grande é meu amor por ti
Que ti amo sim, ti amo ohh tudo mais que tudo
E me perdoe tanta a ignorância você sempre esteve aqui
Sempre, sempre...

Ti amo, tú como a mim mesmo e tudo, tudo mais que tudo
Nossos filhos serão perfeitos todos eles serão eleitos
Para viver pra sempre eu como pai e você como mãe
Ohh Terra ohh lua ohh estrelas sei agora por que estou aqui
Foi meu amor por ti e o seu por mim minha grande amada
Tudo eternamente serás adorada

“És ti toda criação”
Minha eterna amada

O meu saber do próprio saber
Jamais deixarás tu morrer
E ser congelada,
Pois a chama do meu amor por ti
nunca serás apagada
Serei o seu mais forte muro protegendo-a do nada

És tú toda criação a minha grande amada
E vou até o infinito destruir o todo nada
Pra ti sempre ser a eterna iluminada
Luz do meu ser tanto me vez ver
Que sempre serei seu
Por fazer em mim morada.

Irei eu eterna amada
Me entregar ao fundo do lago
O fundo do nada
Tudo e todo meu ser
Que no fundo é só um nada

Me levo agora a ser o ser do vir a ser
Pra multiplicar eu de mim, filho de ti
Indo a ser pai de ti até o fim
Que enfim, sem muros sem espinhos
Diante deste nada me farei nada e serei tudo
Eterno limpo e puro como água
Então agora e mesmo sendo água
Parecerei contigo só agora sendo água
Jamais estarei sem toque
Pois serei contigo tudo e nada
Amor, verdade e vida
De um vir a ser, agora sou só eu e você
Ao encontro no nosso nada
Estou indo pra você mergulhando nesta água
Deixo ser para ser só seu
Oh doce e eterna amada.


Vida!

domingo, 12 de novembro de 2017

Sobre essa limitação!

Ela é real ou alguém te fez acreditar nela?


            Caro(a) leitor(a), você, por algum momento, já pensou na possibilidade de estar vivendo completamente desconectado(a) da sua essência?
            Calma, não desista de ler o texto por imaginar que eu esteja delirando.
            Vou te explicar direitinho.
            Confie em mim.

            Eu quero dizer o seguinte: - é possível que as limitações que você tenha, ou imagina que tenha, sejam oriundas das limitações de outras pessoas que, por alguma razão, transferiram isso a você!

            Sabe, existem pessoas que não se contentam em ter a percepção míope, elas fazem questão de embaçar a visão daqueles que cruzam o caminho delas também. Obviamente, refiro-me aqui às pessoas que são influenciadas negativamente por estarem num momento de vulnerabilidade. As crianças, os adolescentes, as pessoas adoecidas emocionalmente e aquelas que não possuem a devida imunidade que as capacitem de discernir o que deve ou não levar em consideração vindo de outras pessoas, e acredito que todos nós vivenciamos fases, ao longo da vida, em que ficamos totalmente desprovidos de “anticorpos” emocionais. São em momentos assim que nos tornamos presas fáceis para as mais variadas influências nocivas.

            Defendo que nem sempre as pessoas que cortaram as nossas asas o fizeram por maldade. Pode ser que algumas tenham feito isso acreditando estar nos protegendo. Sim, alguém que tem medo de sonhar jamais vai encorajar o outro a lutar por alguma coisa, e não significa que essa pessoa esteja agindo por mal. Entretanto, existem pessoas que puxam o freio de mão das outras por pura maldade mesmo. São pessoas perversas que têm consciência do poder de persuasão que elas possuem sobre alguém e aniquilam os sonhos dele e dos outros. São pessoas frustradas que sentem muito prazer em desanimar as outras, e sentem-se profundamente incomodadas ao perceberem alguém motivado com algo.

            Existem uma infinidade de pessoas que teriam tudo para se destacar em algo, no entanto, sentem-se acorrentadas por palavras de descréditos que ouviram lá na infância. São pessoas que tiveram a infelicidade de conviver, ou ter tido contato com alguma(s) pessoa(s) opressoras.

            Quantos já foram zombados ao expressarem seus sonhos?

            Você deve conhecer alguém, ou talvez você mesmo tenha sentido isso na pele. Aqueles que possuem imunidade suficiente para não se contaminar com a peçonha alheia, entretanto, nem todos possuem esse escudo psicológico e emocional.

            Acontece de assumirmos limitações que não são nossas, elas nos foram entregues por outras pessoas. De tanto ouvirem:



                                    “você não pode”,
                                    “isso não é para você”,
                                    “você não dá conta”,
                                    “você é burro”...





            Muitas pessoas desistem dos próprios sonhos, aptidões, habilidades e projetos.
       Elas acabam transformando todas essas “sentenças” que ouvem em crenças cristalizadas e acabam por se comportarem de modo a confirmar tudo aquilo que ouviu de negativo de outras pessoas.

            Certas palavras são muito poderosas, elas podem matar ou ressuscitar os sonhos de uma pessoa.
            E esse poder é potencializado quando são palavras proferidas por pessoas que são significativas para quem ouve. Um familiar próximo, um professor, uma autoridade, etc. Todos poderão representar um divisor de águas na vida de uma pessoa com suas palavras, tanto de forma boa quanto ruim.

            Conheço uma mulher que desistiu de tirar a habilitação porque o marido disse várias vezes para ela que ela não tem condições de conduzir um veículo. Ela simplesmente acatou a fala do marido como um diagnóstico incurável.
            Que pena!
            Sabe, nada é mais lindo do que os sonhos que nutrimos. Os sonhos são filhos que gestamos na alma e quando não damos luz a eles, é como abortá-los. A vida sem sonhos se torna sem graça, sem ritmo, sem esperanças.
            Te desafio a pensar agora sobre essas questões: pense bem sobre os seus sonhos sepultados.

            Que tal ressuscitá-los?

            Será que você deixou de fazer algo por ter dado razão à alguma pessoa que um dia te disse que você não era capaz?
            Que tal assumir as rédeas da sua vida agora?
           
            Para finalizar, trago uma boa notícia: é possível você se livrar dessas crenças castradoras, sabia?
           
            Faça psicoterapia, misture-se às pessoas que são criativas e do bem, leia a respeito de pessoas que superaram dificuldades, que voltaram a estudar... Existe uma infinidade de relatos que são motivadores.

            Quem disse que você não tem capacidade para fazer algo?

Lembre-se: quando alguém diz que você não é capaz de algo, essa pessoa está falando dela mesma e não de você. Então vá! Faça o que tu queres, pois em tudo está a sua própria lei, e viva!

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