Muitas
situações de nossas vidas acreditamos numa ilusão tão rápida e tão veloz quanto
o próprio pensamento, que é a ESCOLHA. Escolher vem do latim COLLIGERE, formado
por COM, “junto”, mais LEGERE, catar, colher, ou seja: quando duas ou mais
coisas estão adjacentes entre si e ai se tem a opção entre um e outro, catar ou
colher este ou aquele outro, como por exemplo:
Você tem laranjas e limões na fruteira e ai
você escolhe entre fazer um suco de limão ou de laranja.
Por
um momento você pode titubear entre um e outro, mas a partir do momento que
você pega o limão e o corta já não existe mais o que chamamos de escolha!
É
uma decisão tomada que vai ao infinito, como o coelho diz pra Alice:
Às vezes, apenas um segundo e já era! Ao
passar a faca pelo limão você já não pode mais mudar a sua decisão, aliás, você
ainda tem a ilusão de poder mudar, no entanto se fizer isso perderá o limão já
cortado ou terá que utiliza-lo para outro fim ou outro momento, mas este outro
fim e outro momento só vão existir por que você passou a faca pelo limão e
depois decidiu fazer um suco de laranja...
Percebe
que temos por um momento a idéia de que temos escolha, no entanto isso aplicado
à realidade, seja em limões ou situações, independente do que for terá causado
uma diferença em toda realidade que se seguirá mais adiante.
O
mais interessante é que a partir de um conhecimento você não tem mais opções a
não ser agir pelo seu conhecimento!
Um
exemplo disso:
Vamos
supor que você vá para uma região do país onde há uma infestação de febre
amarela e você sabe que precisa se vacinar para não pegar a doença, digamos que
sabendo disso você vai atrás da vacina, mas ao chegar ao local de vacinação
você não tem a vacina disponível, então você não tem mais tempo e precisa viajar!
Bem sabendo que você corre perigo e que os mosquitos são atraídos por cores de
roupas mais escuras você sabe que ao fazer as malas você deve escolher as
roupas mais claras, já que você não conseguiu a vacina! Mas digamos que você só
tenha roupas pretas ou de cores escuras, então você sabe que o perigo que
estará passando é maior ainda, ai você tem mais uma opção de comprar repelente,
no entanto ao embarcar você esqueceu de comprar! Veja:
Você
tem o conhecimento!
Mas
não se vacinou, a sua decisão de só usar roupas escuras te põe em um estado de
perigo maior e você ainda esqueceu o repelente!
Então todo seu conhecimento ficou
inútil!
O que você sabe não se fez jus ao
seu modo de agir, então onde ficam as ESCOLHAS?
Como podemos ver, não há!
Se
temos o conhecimento não há escolha há não ser o que fazemos e o que fazemos não se trata de escolhas e sim de nossas decisões. E suas decisões são pautadas em seu conhecimento, sem isso não há como decidir por algo assertivo...
Em
1994 eu conheci um senhor judeu com uma história de vida incrível, e ele me
contou que temos a ilusão de escolhas, mas escolhas não existem!
Eu
debati isso com ele e ele me contou sua história: Era a segunda guerra mundial e parte da sua família não quis
fugir para Rússia a pé e ficaram (não lembro em que país), mas ele e outros membros caminharam mais de
mil quilômetros a pé em pleno inverno russo para fugir dos alemães. Como se não houvesse
outra “escolha” mesmo enfrentando isso ele sobreviveu e os que ficaram foram
todos mortos!
E
ele repetia:
- Onde ouve escolhas pra eles?
Portanto
e por apenas alguns segundos o que fazemos é para todo o sempre, e não há como
mudar nada depois de feito!
Não
se trata de um ponto de vista ou “opinião” trata-se de uma ciência em todo o
Universo que rege nossas vidas e mesmo que você queira ignorar o que acabou de
ler irá correr o risco de falhar em sua existência, até pelo simples fato de
não estar vacinado contra sua própria ignorância sobre o único Universo em que
agora você vive e deve estar ciente dele!
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