domingo, 1 de outubro de 2017

Contra Quem? A Favor do Que?


            O trabalho jornalístico, busca dar as noticias de forma rápida, precisa e direta, e para facilitar o trabalho usa-se o Lide, basicamente o lide se baseia em 5 perguntas que o texto deve responder:

O que?
Quem?
Quando?
Por quê?
Como e Onde?




            Sem entrar em maiores detalhes com relação ao Lide, são de prática aos jornalistas indagarem as pessoas perguntando:
Você é Contra ou a Favor?

            Isso porque eles precisam trabalhar dentro de uma pauta e então numa linguagem direta lançam a pergunta que em certa forma é uma maneira de coerção ao entrevistado, lança-se um tema e como o Lide exige o entrevistado deve estar preparado para responder de forma que diga o por quê, como e onde isso o afeta!

            Mas de que serve dizer, por exemplo, que você é contra o assalto a mão armada?
            Em uma situação real você vai dizer ao bandido que você não pode aceitar dar os seus pertences a ele, pois você é contra o assalto a mão armada!

            Pior ainda é ser a favor!

            Pois então você iria se juntar ao bandido pra roubar também?
            Ser contra ou a favor não responde nada na prática, não está no seu juízo o controle de outras pessoas que seja a favor ou contra seja no que for; em uma sociedade midiática estamos sempre preparados pra fornecer dados, sobre o que, quem, quando, como... No entanto a vida não se resume a estar em um ponto extremo ou em outro, você pode ser contra as drogas, mas em caso de um acidente pode receber endorfina, que é uma droga extraída do ópio e neste caso você aceita receber endorfina, então ser contra ou a favor depende de muitos fatores e principalmente dos fatos que ocorrem a sua volta e em sua vida. Portanto ser contra seja ao que for não te traz nenhum mérito ao tempo que ser a favor só lhe coloca em posição de alguém que acredita ter assim algum beneficio.

            A pressa de dar as noticias nos levou a empregar nossas vidas a fornecer dados aos pequenos momentos trágicos, seja diretamente com nossas vidas ou indiretamente com nosso posicionamento, fica então a questão:

Você pode ser contra algo que te beneficie ou a favor de algo que lhe prejudique?

            Com certeza tudo irá depender de que ponto você está e não é sua “opinião” que, aliás, opinar é algo rápido, sem muito raciocínio que funciona como um sorteio e então assim como um jornalista em busca de um “furo” de reportagem, você acaba passando por cima de sua própria capacidade de ter razão só pra dar mais uma noticia a um desejo coercitivo de um jornalista que te pede para ser assim:
Ou contra?
Ou a favor?

Mas de quem?
De você mesmo?

Ou apenas por um momento para não constranger ninguém você acabe constrangendo sua própria capacidade de conhecer as verdadeiras razões que devem mesmo estar e servir para toda a sociedade na qual você vive.

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