O
trabalho jornalístico, busca dar as noticias de forma rápida, precisa e direta,
e para facilitar o trabalho usa-se o Lide, basicamente o lide se baseia em 5
perguntas que o texto deve responder:
O que?
Quem?
Quando?
Por quê?
Como e Onde?
Sem
entrar em maiores detalhes com relação ao Lide, são de prática aos jornalistas indagarem as pessoas perguntando:
Você é Contra ou a
Favor?
Isso
porque eles precisam trabalhar dentro de uma pauta
e então numa linguagem direta lançam a pergunta que em certa forma é uma
maneira de coerção ao entrevistado, lança-se um tema e como o Lide exige o
entrevistado deve estar preparado para responder de forma que diga o por quê,
como e onde isso o afeta!
Mas
de que serve dizer, por exemplo, que você é contra o assalto a mão armada?
Em
uma situação real você vai dizer ao bandido que você não pode aceitar dar os
seus pertences a ele, pois você é contra o assalto a mão armada!
Pior
ainda é ser a favor!
Pois
então você iria se juntar ao bandido pra roubar também?
Ser
contra ou a favor não responde nada na prática, não está no seu juízo o
controle de outras pessoas que seja a favor ou contra seja no que for; em uma
sociedade midiática estamos sempre preparados pra fornecer dados, sobre o que, quem,
quando, como... No entanto a vida não se resume a estar em um ponto extremo ou
em outro, você pode ser contra as drogas, mas em caso de um acidente pode
receber endorfina, que é uma droga extraída do ópio e neste caso você aceita
receber endorfina, então ser contra ou a favor depende de muitos fatores e
principalmente dos fatos que ocorrem a sua volta e em sua vida. Portanto ser
contra seja ao que for não te traz nenhum mérito ao tempo que ser a favor só
lhe coloca em posição de alguém que acredita ter assim algum beneficio.
A
pressa de dar as noticias nos levou a empregar nossas vidas a fornecer dados
aos pequenos momentos trágicos, seja diretamente com nossas vidas ou
indiretamente com nosso posicionamento, fica então a questão:
Você pode ser contra
algo que te beneficie ou a favor de algo que lhe prejudique?
Com
certeza tudo irá depender de que ponto você está e não é sua “opinião” que,
aliás, opinar é algo rápido, sem muito raciocínio que funciona como um sorteio
e então assim como um jornalista em busca de um “furo” de reportagem, você
acaba passando por cima de sua própria capacidade de ter razão só pra dar mais
uma noticia a um desejo coercitivo de um jornalista que te pede para ser assim:
Ou contra?
Ou a favor?
Mas de quem?
De você mesmo?
Ou apenas por um momento para não
constranger ninguém você acabe constrangendo sua própria capacidade de conhecer
as verdadeiras razões que devem mesmo estar e servir para toda a sociedade na
qual você vive.
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