domingo, 1 de outubro de 2017

O Medo do Padrão!


           Para se fazer uma casa é preciso construir os alicerces. Cada casa ao seu modo e de acordo com sua planta tem seu alicerce e é claro que uma casa feita sem levar as condições do terreno corre o risco de ruir, de acordo com cada terreno é preciso configurar o alicerce, se o solo for arenoso o alicerce precisa ser reforçado, mais profundo...
            Em tudo que fazemos há uma ciência adequada para se ter um resultado bom, seguro e satisfatório, e é claro que tudo que fazemos quando se sabe que tal forma é a forma correta basta então copiar a forma, refazer o que foi feito certo!
            Bem, em tudo que nos cerca precisamos deste padrão e até mesmo de compartilhar o mesmo padrão para que as outras pessoas possam, e de certa forma, usufruir do mesmo padrão e desta forma possamos beneficiá-las com isso. Como por exemplo: um aplicativo de celular; se ele é bom e nos ajudar a ter uma comunicação melhor obviamente este aplicativo precisa ser usado pelas outras pessoas e assim todos usufruem deste "poder" de comunicação.
            E o mais interessante é que ninguém gosta das coisas quando sai do padrão!
            Outro exemplo seria quando alguém compra algum aparelho e o mesmo aparelho não funciona como deveria! Ou seja: está fora do padrão!
            E assim nos vemos prejudicados pelo fato de que em meio a tantos produtos iguais só o seu veio com defeito.
            Bom, é claro que em meio a tudo que nos cerca está à forma certa de se fazer, de se construir e até a forma certa de se possuir, e de preferência aquilo que realmente funcione como se deseja.
            Mas com tantos padrões a nossa volta o ser humano tem fugido de ser um ser Padrão Humano!!!
            Parece que temos um medo vigente e constante de seguir padrões, seja de respeito ou de comportamento e neste medo do padrão defendemos como consumidores de si mesmos o direito de produzir nossos próprios erros!
            Este medo tão padrão no ser humano nos faz ver e falar constantemente que não somos perfeitos, ou que perfeito seja só Deus ou até que não somos santos!!! O pior que exigimos a perfeição e até mesmo um grau de santidade (pureza) no que consumimos!
            Em defesa deste medo agimos como ladrões de nós mesmos infringindo constantemente o padrão de comportamento que deveríamos, pelo menos ao que se espera, ter com o próprio mundo a nossa volta e com isso damos a nós mesmos e somente de dentro pra fora o direito ao errado!!!
            Como que a nossa Casa... Melhor dizendo: nosso corpo, nossa mente vai se manter sã sendo construída em um terreno tão escorregadio que é o ignorar a própria ignorância que temos de nossa própria construção!
            Exigimos em tudo a imagem e semelhança da perfeição, de certa forma, exigimos Deus em tudo, mas excluímos Deus em nós mesmos.
            Este medo padrão de colocar em si mesmo os defeitos e ainda exigir que o mundo fora de si respeite seus erros é bem um medo do compromisso com a “perfeição” afinal de contas, um atleta, um esportista até consegue em certo momento a perfeição na execução de algo, mas como vemos isso é muito trabalhoso, difícil e exige muita dedicação e esforço (treinamento) constante e o que é mais cruel é que isso acontece em um pequeno período de nossa existência. É como se a vida fosse plena somente em uma única primavera e para não ter o compromisso com outras primaveras abandonamos a perfeição adquirida para viver solto e sem medo de braços e abraços com os nossos erros!

Este medo absurdo do certo é que tem tornado tanto e tantos erros em nosso mundo cada vez mais insuportável para a própria vida.
O medo padrão se tornou a covardia aceita e somente os muito corajosos é que conseguem romper essa construção atual.
Pensar fora dos padrões é um risco muito grande, pois o padrão é se alinhar aos covardes e fingir que não haverá vitórias para nós na próxima primavera.

            Quem sabe em uma bela manhã todos acordem com vontade de construir um mundo melhor quando o medo padrão deixar de existir dentro de cada um.


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