Para
se fazer uma casa é preciso construir os alicerces. Cada casa ao seu modo e de
acordo com sua planta tem seu alicerce e é claro que uma casa feita sem levar
as condições do terreno corre o risco de ruir, de acordo com cada terreno é
preciso configurar o alicerce, se o solo for arenoso o alicerce precisa ser
reforçado, mais profundo...
Em
tudo que fazemos há uma ciência adequada para se ter um resultado bom, seguro e
satisfatório, e é claro que tudo que fazemos quando se sabe que tal forma
é a forma correta basta então copiar a forma, refazer o que foi feito certo!
Bem,
em tudo que nos cerca precisamos deste padrão e até mesmo de compartilhar o
mesmo padrão para que as outras pessoas possam, e de certa forma, usufruir do
mesmo padrão e desta forma possamos beneficiá-las com isso. Como por exemplo:
um aplicativo de celular; se ele é bom e nos ajudar a ter uma comunicação melhor
obviamente este aplicativo precisa ser usado pelas outras pessoas e assim todos
usufruem deste "poder" de comunicação.
E
o mais interessante é que ninguém gosta das coisas quando sai do padrão!
Outro
exemplo seria quando alguém compra algum aparelho e o mesmo aparelho não
funciona como deveria! Ou seja: está fora do padrão!
E
assim nos vemos prejudicados pelo fato de que em meio a tantos produtos iguais
só o seu veio com defeito.
Bom,
é claro que em meio a tudo que nos cerca está à forma certa de se fazer, de se
construir e até a forma certa de se possuir, e de preferência aquilo que
realmente funcione como se deseja.
Mas
com tantos padrões a nossa volta o ser humano tem fugido de ser um ser Padrão
Humano!!!
Parece
que temos um medo vigente e constante de seguir padrões, seja de respeito ou de
comportamento e neste medo do padrão defendemos como consumidores de si mesmos
o direito de produzir nossos próprios erros!
Este
medo tão padrão no ser humano nos faz ver e falar constantemente que não somos
perfeitos, ou que perfeito seja só Deus ou até que não somos santos!!! O pior
que exigimos a perfeição e até mesmo um grau de santidade (pureza) no que
consumimos!
Em
defesa deste medo agimos como ladrões de nós mesmos infringindo constantemente
o padrão de comportamento que deveríamos, pelo menos ao que se espera, ter com
o próprio mundo a nossa volta e com isso damos a nós mesmos e somente de dentro
pra fora o direito ao errado!!!
Como
que a nossa Casa... Melhor dizendo: nosso corpo, nossa mente vai se manter sã
sendo construída em um terreno tão escorregadio que é o ignorar a própria
ignorância que temos de nossa própria construção!
Exigimos
em tudo a imagem e semelhança da perfeição, de certa forma, exigimos Deus em
tudo, mas excluímos Deus em nós mesmos.
Este
medo padrão de colocar em si mesmo os defeitos e ainda exigir que o mundo fora
de si respeite seus erros é bem um medo do compromisso com a “perfeição” afinal
de contas, um atleta, um esportista até consegue em certo momento a perfeição
na execução de algo, mas como vemos isso é muito trabalhoso, difícil e exige
muita dedicação e esforço (treinamento) constante e o que é mais cruel é que
isso acontece em um pequeno período de nossa existência. É como se a vida fosse
plena somente em uma única primavera e para não ter o compromisso com outras
primaveras abandonamos a perfeição adquirida para viver solto e sem medo de
braços e abraços com os nossos erros!
Este medo absurdo do certo é que
tem tornado tanto e tantos erros em nosso mundo cada vez mais insuportável para
a própria vida.
O medo padrão se tornou a
covardia aceita e somente os muito corajosos é que conseguem romper essa
construção atual.
Pensar fora dos padrões é um
risco muito grande, pois o padrão é se alinhar aos covardes e fingir que não
haverá vitórias para nós na próxima primavera.
Quem
sabe em uma bela manhã todos acordem com vontade de construir um mundo melhor
quando o medo padrão deixar de existir dentro de cada um.
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