Você é realmente observador ou é como as formigas?
Só Coletam e usam o que coletam!
Você pensa por conta própria ou é como as aranhas?
Constroem teias de suas próprias substâncias esperando que o acaso esteja ao
seu favor!
Ou é abelhudo?
Coletam o material, o digere e transforma por um poder próprio em algo muito
mais saboroso!
Assim deve ser o verdadeiro cientista que busca o
conhecimento nem acima e muito menos abaixo de seu próprio alcance, aquele que
sabe sair da segurança de sua colméia e enfrentar o mundo buscando fora o que
de melhor ele deve colocar para dentro, deve ser o mais sensato e menos focado
em paixões e amores por seu próprio reino!
No mundo da ciência não se deve deixar seguir pela verdade
dos outros e muito menos aceitar a verdade imposta por todos, se há perguntas
ainda não respondidas temos que saber abandonar um pouco o ninho e enfrentar a
imensidão do Universo afora e através do que se observa poder sugar o que lhe é
realmente necessário e com isso saber como avançar em um novo degrau da ciência.
É claro que às vezes devemos dar algumas ferroadas em quem tenta lhe impedir de
seguir um novo caminho, ao mesmo tempo há o perigo de se perder o ferrão e
acabar morrendo sem seus órgãos internos e ai se perde o poder de transformar.
Um bom observador da ciência
não deve se deixar levar por belas dialéticas e propostas pomposas de palavras
obscuras; a dialética não pode vir em primeiro lugar e muito menos ser
enfeitada de ciência como quem já tem o grande e ultimo degrau do saber e com
isso o homem pode acabar sendo vítima dos enfeites de seu próprio ego e o pior
levando outros a enfeitar e engrandecer mais ainda!
O Método Indutivo Puro foi o melhor e
maior caminho já encontrado para que a ciência avance sem ostentações de
grandes Ídolos!
Existem 4 tipos de ídolos que podem derrubar o avança da ciência:
1(ídolos da tribo): é o próprio espírito humano, que por sua
natureza se limita a entender sem causar a si próprio alguma contradição, assim
omite o que lhe é desfavorável as suas crenças e emite somente o que lhe é
favorável, sendo assim assume como verdade suas percepções como sendo elas as
leis que regem todo o Universo. Também está ligado ao egoísmo gregário, ou
seja: ao ego do grupo. São aqueles que defendem as ideologias da qual desde seu
nascimento pertencem, como idéias de nacionalização, defesa das chamadas
“tradições” e comportamentos que só são válidos em grupo, como por exemplo:
torcer pelo seu time, seu esporte favorito, religiosidade..., assim os idolatras
tribais só assumem esta forma por pertencerem à tribo que o formam.
2(ídolos da caverna):
Da mesma forma que na republica de Platão, cada pessoa possui sua própria
caverna, que interpreta e distorce o que vê a sua forma particular à qual estão
acostumados, assim cada um possui em sua crença, sua verdade pessoal, tida como
única e indiscutível. Portanto, os ídolos da caverna perturbam e emperram o
conhecimento, uma vez que se mantêm presos em preconceitos e singularidades
oriundos de seu mundo e convivência que levam a serem coniventes somente com
aqueles que lhe aprovam.
3(ídolos da vida pública): Estes são os mais perturbadores,
pois se consideram intelectuais graças ao uso de palavras e de nomes
consagrados por todos, palavras estas que são estabelecidas nas relações
humanas através da conversação, atribuindo nomes a coisas inexistentes
(como “energia”, por exemplo) ou nomes confusos a coisas que existe, o que leva
ao engano gerado pelo discurso com o uso de palavras conhecidas ou até inicialmente
desconhecidas, mas que acabam sendo aceitas por todos. Para evitar isso os
matemáticos buscam restaurar o entendimento através de novas definições, no entanto,
nem mesmo estas definições poderiam remediar totalmente este mal já que ao
tratar as coisas materiais e naturais por definições e estas por sua vez são
identificadas com palavras que acabam se explicando por outras palavras,
gerando assim um convencionalismo lingüístico muitas vezes maquiado como
linguagens técnicas, acabam criando uma falsa sofisticação e robustez ao
entendimento somente pelo emprego de tais palavras.
4(ídolos teatrais): também podendo ser chamado de Ídolos de
Autoridade, são os falsos conceitos e ideologias filosóficas, teológicas,
políticas e cientificas, todas mesmo sendo ilusórias ganham vigência devido a
autoridade atribuída aos seus autores ou até mesmo seus atores. Um grande
exemplo pode ser dado pelos mitos.
Já a idéia do método indutivo puro foi criado justamente
para evitar estes ídolos e enfeites gerados pelo ego que mais emperram a
ciência do que permite avança-la!
Sabe de quem é a critica feita acima desde as formigas até aqui?
Pois é, ninguém mais e ninguém menos que Francis Bacon o próprio pai do método
indutivo puro é o processo pelo qual para se chegar ao conhecimento ou
demonstração da verdade, parte de fatos particulares, comprovados se tira uma
conclusão genérica ou Universal, no qual bacon subdividiu em quatro etapas:
- Observação da natureza.
- Organização racional.
- Formulação de hipóteses.
- Comprovação através de experimentações repetidas.
O conhecimento cientifico fica
mais fácil de ser alcançado com a destruição dos ídolos mentais e extinção dos
maus hábitos causados pela linguagem e até mesmo os gerados pelo comportamento
humano, que por sua vez são o reflexo dos ídolos mitológicos que em grande
parte carregam os mesmos conflitos que vivem qualquer homem.
Assim, adorar e idolatrar grandes
nomes da ciência nada mais é que trocar um santo por outro que realmente se vê
o milagre, mas como um mágico não consegue e nem pode revelar todo segredo, mas
ao contrário do mágico, os ídolos da ciência não fazem truques, simplesmente
não sabem explicar e acabam apenas passando o processo do que ainda está
desconhecido adiante, assim pra quem quer realmente avançar na ciência deve
saber voltar um pouco atrás e olhar para ver se todo o caminho foi realmente
bem feito e se há uma abertura para um caminho que vai levar o homem ao
conhecimento maior ao invés de apenas rodopiar para becos criados pela mística
mágica do que ainda não se conhece e não se permite conhecer!
Quer mesmo amar a ciência?
Quer mesmo amar a ciência?
Faça como
Bacon, Johann Goethe, Stephen Hawking, Neil Tyson, Carl Sagan, Albert Einstein etc..
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