sábado, 30 de setembro de 2017

Amem a Ciência! Comam Bacon!

Você é realmente observador ou é como as formigas?
Só Coletam e usam o que coletam!

Você pensa por conta própria ou é como as aranhas?
Constroem teias de suas próprias substâncias esperando que o acaso esteja ao seu favor!

Ou é abelhudo?
Coletam o material, o digere e transforma por um poder próprio em algo muito mais saboroso!




Assim deve ser o verdadeiro cientista que busca o conhecimento nem acima e muito menos abaixo de seu próprio alcance, aquele que sabe sair da segurança de sua colméia e enfrentar o mundo buscando fora o que de melhor ele deve colocar para dentro, deve ser o mais sensato e menos focado em paixões e amores por seu próprio reino!
No mundo da ciência não se deve deixar seguir pela verdade dos outros e muito menos aceitar a verdade imposta por todos, se há perguntas ainda não respondidas temos que saber abandonar um pouco o ninho e enfrentar a imensidão do Universo afora e através do que se observa poder sugar o que lhe é realmente necessário e com isso saber como avançar em um novo degrau da ciência. 
É claro que às vezes devemos dar algumas ferroadas em quem tenta lhe impedir de seguir um novo caminho, ao mesmo tempo há o perigo de se perder o ferrão e acabar morrendo sem seus órgãos internos e ai se perde o poder de transformar. 
            Um bom observador da ciência não deve se deixar levar por belas dialéticas e propostas pomposas de palavras obscuras; a dialética não pode vir em primeiro lugar e muito menos ser enfeitada de ciência como quem já tem o grande e ultimo degrau do saber e com isso o homem pode acabar sendo vítima dos enfeites de seu próprio ego e o pior levando outros a enfeitar e engrandecer mais ainda!

O Método Indutivo Puro foi o melhor e maior caminho já encontrado para que a ciência avance sem ostentações de grandes Ídolos!

Existem 4 tipos de ídolos que podem derrubar o avança da ciência:


1(ídolos da tribo): é o próprio espírito humano, que por sua natureza se limita a entender sem causar a si próprio alguma contradição, assim omite o que lhe é desfavorável as suas crenças e emite somente o que lhe é favorável, sendo assim assume como verdade suas percepções como sendo elas as leis que regem todo o Universo. Também está ligado ao egoísmo gregário, ou seja: ao ego do grupo. São aqueles que defendem as ideologias da qual desde seu nascimento pertencem, como idéias de nacionalização, defesa das chamadas “tradições” e comportamentos que só são válidos em grupo, como por exemplo: torcer pelo seu time, seu esporte favorito, religiosidade..., assim os idolatras tribais só assumem esta forma por pertencerem à tribo que o formam.

2(ídolos da caverna): Da mesma forma que na republica de Platão, cada pessoa possui sua própria caverna, que interpreta e distorce o que vê a sua forma particular à qual estão acostumados, assim cada um possui em sua crença, sua verdade pessoal, tida como única e indiscutível. Portanto, os ídolos da caverna perturbam e emperram o conhecimento, uma vez que se mantêm presos em preconceitos e singularidades oriundos de seu mundo e convivência que levam a serem coniventes somente com aqueles que lhe aprovam.

3(ídolos da vida pública): Estes são os mais perturbadores, pois se consideram intelectuais graças ao uso de palavras e de nomes consagrados por todos, palavras estas que são estabelecidas nas relações humanas através da conversação, atribuindo nomes a coisas inexistentes (como “energia”, por exemplo) ou nomes confusos a coisas que existe, o que leva ao engano gerado pelo discurso com o uso de palavras conhecidas ou até inicialmente desconhecidas, mas que acabam sendo aceitas por todos. Para evitar isso os matemáticos buscam restaurar o entendimento através de novas definições, no entanto, nem mesmo estas definições poderiam remediar totalmente este mal já que ao tratar as coisas materiais e naturais por definições e estas por sua vez são identificadas com palavras que acabam se explicando por outras palavras, gerando assim um convencionalismo lingüístico muitas vezes maquiado como linguagens técnicas, acabam criando uma falsa sofisticação e robustez ao entendimento somente pelo emprego de tais palavras.
4(ídolos teatrais): também podendo ser chamado de Ídolos de Autoridade, são os falsos conceitos e ideologias filosóficas, teológicas, políticas e cientificas, todas mesmo sendo ilusórias ganham vigência devido a autoridade atribuída aos seus autores ou até mesmo seus atores. Um grande exemplo pode ser dado pelos mitos.

Já a idéia do método indutivo puro foi criado justamente para evitar estes ídolos e enfeites gerados pelo ego que mais emperram a ciência do que permite avança-la!

Sabe de quem é a critica feita acima desde as formigas até aqui?

Pois é, ninguém mais e ninguém menos que Francis Bacon o próprio pai do método indutivo puro é o processo pelo qual para se chegar ao conhecimento ou demonstração da verdade, parte de fatos particulares, comprovados se tira uma conclusão genérica ou Universal, no qual bacon subdividiu em quatro etapas:


  • Observação da natureza.
  • Organização racional.
  • Formulação de hipóteses.
  • Comprovação através de experimentações repetidas.

O conhecimento cientifico fica mais fácil de ser alcançado com a destruição dos ídolos mentais e extinção dos maus hábitos causados pela linguagem e até mesmo os gerados pelo comportamento humano, que por sua vez são o reflexo dos ídolos mitológicos que em grande parte carregam os mesmos conflitos que vivem qualquer homem.
Assim, adorar e idolatrar grandes nomes da ciência nada mais é que trocar um santo por outro que realmente se vê o milagre, mas como um mágico não consegue e nem pode revelar todo segredo, mas ao contrário do mágico, os ídolos da ciência não fazem truques, simplesmente não sabem explicar e acabam apenas passando o processo do que ainda está desconhecido adiante, assim pra quem quer realmente avançar na ciência deve saber voltar um pouco atrás e olhar para ver se todo o caminho foi realmente bem feito e se há uma abertura para um caminho que vai levar o homem ao conhecimento maior ao invés de apenas rodopiar para becos criados pela mística mágica do que ainda não se conhece e não se permite conhecer!
Quer mesmo amar a ciência?

Faça como Bacon, Johann Goethe, Stephen Hawking, Neil Tyson, Carl Sagan, Albert Einstein etc..

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