quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Cherry 2000

Em 1987 um filme muito interessante foi lançado no cinema.
A história é até bem simples, um homem “possui” uma mulher perfeita, a Cherry 2000, um modelo robótico programado para servir a todos os seus desejos, e tudo estava perfeito, até que um dia a Cherry queimou! Literalmente queimou seus circuitos!
Um problema até fácil de resolver, era só trocar o Chassis daquela maquina por outra e com um disquinho, uma memória pré-gravada de toda a sua “vida” com este homem poderia ser colocada em uma nova boneca... Aí que o problema começa! Não havia mais aquele modelo, para ter uma nova Cherry ele teria que buscar em uma área já abandonada de uma cidade... Bom aí que começa a grande aventura do filme.

Estamos em 2017 e parece que a realidade começa a imitar a arte! 

Este vídeo abaixo mostra uma fábrica real, de bonecas e bonecos também reais que estão sendo vendidos!

Bom, como vocês sabem o Grupo é de Reflexão, e não se trata de uma reflexão “para” a humanidade, é reflexão a humanidade, com “a” mesmo, pois onde há? Será que há uma humanidade?

Como podemos ver, estamos perdendo nossa boa e defasada humanidade para uma artificialidade total de nosso ser e de nosso modo de conviver, é tanta que a pessoa “certa” não é mais uma pessoa e sim um “produto” pré-programado para servir aos seus desejos!

Certa vez eu estive aqui no metrô do Rio de Janeiro e a primeira vez que vi aquilo me causou um espanto! Há uma área em separado e de dois vagões ditos: Vagões Femininos, onde somente mulheres podem entrar em um horário de pico! Para muitas pessoas um mal necessário devido à falta de “respeito” de “certos” homens com as mulheres! É um tipo de Apartheid sexual; pra quem não sabe, apartheid quer dizer: Separação!
Ou seja: é mais fácil separar e atribuir valores em separado que juntar e ter todos os mesmos valores.
Você pode estar achando que isso é a solução mesmo, pois não tem outro jeito, mas eu vivi na pele este jeito e não gostei nenhum pouco.

Em uma destas viagens de metrô, em um fim de semana, portanto o Apartheid do sexo fica suspenso neste período, eu estive no metrô e uma moça, até linda, gostei mesmo dela, muito linda mesmo entrou com seu micro, minúsculo shorts e ficou diante de mim e de costas, bom, embora ela mesma não tivesse o menor “respeito” por sua própria capacidade de sedução deu uma afastadinha pra trás e eu, claro, me afastei, e até me posicionei para o lado para não ter que encostar na moça. Seria o suficiente para evitar qualquer conflito, mas pra minha vergonha, ( o engraçado que a vergonha foi só minha mesmo) ela virou e me encarou como se estivesse sentindo ódio de mim, eu olhei ela diretamente nos olhos, dei um leve sorriso e acenei com a cabeça, mas isso pra ela foi quase uma afronta, o seu modo de agir parecia até agressivo e quando olhei para os outros passageiros do trem, parecia até que eu tinha quebrado uma regra social. Isso mesmo! Eu que estava quebrando a regra da sociedade, afinal um homem “velho” ( Já estou pra completar meus 47 anos) tendo a “oportunidade” de encostar numa mocinha tão nova e sensual, com a polpinha do bumbum de fora e se afastar e recusar isso era como se “eu” tivesse me achando, como se eu fosse um cara metido e arrogante por se mostrar “superior” a aquela situação!
Por incrível que pareça, parecia que “eu estava causando um constrangimento naquelas pessoas e a moça com seus movimentos mais rápidos e de forma de agir meio grotesca se afastou e foi para outra porta, como quem diz:- Você não quis, vai ter outro que vai querer!

Éhhh!
Parece que a boa e velha humanidade está mesmo perdida, somos a mesma espécie em um estado de segregação sexual, vai ver que é por isso que inventam tantas e tantas balelas de tipos diferentes de “relação” pra ver se dá alguma combinação e nem que seja só por alguns momentos um possa usar o outro para o papel que o outro se preza a ter, ser e viver!

Por fim, já não sei se em meio a tanta artificialidade eu posso encontrar a minha Edith Johnson,  sem que o mundo a tenha corrompido ou se devo mesmo escolher um novo modelo já a venda nas melhores lojas e magazines de vendas de massagens sexuais que embora cause algum tipo de amor, assim como o personagem Sam Treadwell acabou amando tanto a sua vida artificial que pôs em risco sua vida real; não sei, mas acho que vou esperar um modelo mais top de linha saído da boa e velha humanidade que ainda, idiotamente eu preservo em ter.

Agora se quer escolher seu modelo, tem a venda aqui:

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