Existe um grande engano nas pessoas, pregado aos 4 ventos e repetido por milhões e milhões como uma verdade sagrada e intocável que a partir desta verdade você pode tudo e o outro nada, em tudo você tem “direitos” e ninguém tem nada a ver com isso... Essa verdade é tão e simplesmente:
- O que eu faço é problema meu! E ninguém tem o “direito” de se intrometer na minha vida!
Há apenas um pequeno detalhe que parece que ninguém percebeu ainda, pelo menos eu percebi e é sobre este detalhe que quero falar:
- Não há absolutamente NADA, nada, nada mesmo que você possa fazer que não exija uma ação, ou até mesmo uma reação com o Universo exterior!
Este Universo exterior é tudo que está além do que você chama de “eu”, desde suas roupas, objetos que você possa ter até mesmo o alimento que você precisa; tudo está para fora de você e este tudo que está fora ou precisa ser tragado para dentro, ou simplesmente observado e absolvido no seu interior.
Até o ar que você respira, aliás, aspira, estava fora e você o trouxe para dentro em uma ação natural, ao tempo que ao respirar este ar levou um pouco do seu calor interno para fora, portanto você é um centro cercado de um todo, e o todo não tem nenhuma obrigação com o seu centro, com sua existência, aliás, sem o sopro de vida você não passa de uma pequena porção de matéria, composta basicamente de água, carvão (carbono), cálcio, pequeninas porções de metal, como ferro, zinco, cobre, etc. Enfim o material que constitui seu ser físico pode ser encontrado e até comprado bem baratinho, o que faz você ser algo é exatamente o fato de que sua porção de matéria está milimetricamente muito bem organizada e trás a luz a possibilidade de você se envolver com este Universo que te cerca, portanto suas ações tem colocações diretas com o mesmo, mesmo este Universo não tendo dever nenhum com o seu existir. Daí então a necessidade de se envolver com o próprio Universo, entender, compreender e até mesmo medir as partes constituintes deste Universo faz com que de certa forma você tenha uma obrigação intrínseca de observar e absolver este Universo e a partir de suas ações o transforma-lo com a capacidade e potencialidade que faz de você um ser vivo!
Só que devido a tônica errônea pregada aos 4 ventos as pessoas tem se iludido como que se o Universo é que tem de dar a este ser: Prazer, alegria, contentamento, felicidade... Nada destas coisas acontecem sem a necessidade do próprio ser e assim se tem a grande ilusão de ser você o causador de todas as coisas que ocorre a sua volta, independente de outros seres!
Este é o grande engano!
Já pensou ir a um velório como quem vai a uma festa, chegar lá todo sorrindo e alegre, cumprimentando amigos e fazendo piadas?
De certo este comportamento não seria visto como quem está em um estado “normal” de consciência, portanto o envolvimento com a realidade presente se faz necessário. Daí então fazer o que você bem quer, agir como bem entender exige pelo menos um princípio ai que está na própria palavra:
BEM!
E como entender o que é o bem?
Por exemplo: E voltando ao velório; Vamos imaginar que a pessoa que morreu, morreu por um acidente de carro que ocorreu logo após esta pessoa sair de uma festa, portanto: embriagado, o próprio morto causou o acidente!
BEM! Você não vai sair dali, encher a cara por causa do amigo que morreu e depois sair dirigindo, bêbado e com o coração cheio de mágoas não é mesmo?
Olhe então:
O Seu Bem não é algo independente, está cercado de circunstâncias e até mesmo de experiências que embora você não tenha vivido te servem como exemplo para a conduta de sua própria vida, do seu existir e até mesmo com o seu modo de agir a partir dos fatos presentes.
Então achar que o que você faz não é da conta de ninguém vai depender se você mesmo se dá conta de: O que você está fazendo é realmente bom!
Lembre-se da caverna de Platão?
Ela não diz pra você que tudo é apenas sombras e que as sombras são ao todo a realidade, ela diz que você pode até já ter visto aquilo, seja o que for, mas saber como aquilo é realmente, estar na profundidade do que está se passando diante dos seus olhos é algo que de fato você deve buscar entender.
Veja na propaganda que se segue ai abaixo:
Ela mostra um avestruz que olhou para o céu, mas não na perspectiva de um avestruz e sim de um ser que vê o céu do alto!
O que este avestruz faz a seguir é fantástico!
Ele ignora sua própria natureza e passa a desejar realmente ver o céu do alto, de uma outra perspectiva que ele como um simples avestruz jamais poderia alcançar, mas ele seguiu em frente, lutou para se libertar das correntes que o prendiam ao seu estado de ser, ao seu “eu” avestruz, lutou tanto, ignorou as quedas, a dor nas asas, a arrogância de quem o ignorava... Mas quando ele realmente conseguiu foi então que os outros começaram a olhar para o céu e o segui-lo!
Olhe bem para o Mundo que você realmente ama, olhe bem para o que te encanta e por mais difícil que pareça alcançar este mundo (um mundo ideal) você precisa se libertar desta caverna que te prende a este mundo, você precisa sair das sombras e olhar para o céu, olhar para um mundo muito mais elevado que este mundo que você vive ai sim você poderá ser livre para voar por onde o BEM te guiar, pra onde o bem é tão sublime e elevado que só lutando para abandonar este velho mundo que te enche de hábitos que são só a sombra de um bem ideal, e para um viver ideal do bem que nós com muito esforço podemos alcançar!
Conhece ou já ouviu falar de algum líder que causou uma grande mudança na humanidade?
Pois é! Repare bem o quanto ele te convidou a voar e o quanto você se esconde na caverna dizendo que não há espaço pra sair deste mundo obscuro. Dá sim para sair, até um avestruz pode recobrar sua possibilidade de voar, quanto ao homem o que lhe fez homem foi justamente olhar e ver que dentro de si há algo divino que pode te libertar de viver preso ao mundo por ser só uma sombra de um mundo ideal.
Voe e deixe sua sombra guiar os outros para uma vida realmente livre dos encantos de sua própria altura para os encantos que o céu pode te levar.
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